Está provado: vacina russa Sputnik V tem eficácia de 91%

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A vacina russa contra Covid-19 Sputnik V tem eficácia comprovada de 91,6%. Foto - redes sociais
A vacina russa contra Covid-19 Sputnik V tem eficácia comprovada de 91,6%. Foto - redes sociais

Os resultados foram publicados na prestigiada revista científica The Lancet: a vacina russa Sputnik V contra a Covid-19 tem eficácia de 91,6%, como demonstraram os testes em cerca de 20 mil pessoas.

A Sputnik V foi a primeira vacina do mundo contra a Covid-19 a ser registrada oficialmente, em 11 de agosto de 2020. O anúncio, entretanto, foi recebido com desconfiança pela comunidade científica internacional, uma vez que o Instituto Gamaleya, que desenvolveu o imunizante, não havia apresentado os resultados da fase 3 de testes, que são feitos num grande número de pessoas exatamente para averiguar sua eficácia.

Agora, entretanto, os resultados dos testes da fase 3 foram avaliados e publicados na Lancet, o que é um atestado de eficiência do fármaco. O imunizante foi aplicado em duas doses, em intervalo de 21 dias, em 19.866 voluntários. Metade do grupo recebeu a vacina e o outra recebeu o placebo, uma substância sem efeito.

Entre os voluntários, 16 do grupo que recebeu o imunizante foram infectados. No grupo que recebeu o placebo, 62 foram contaminados pelo novo coronavírus, resultando na eficácia de 91,6%.

“Um dos avanços mais importantes da terceira fase é que esse fármaco demonstrou a mesma eficácia em todas as faixas etárias”, disse o diretor do Instituto Gamaleya, Alexander Ginsburg. Entre os 2.100 voluntários acima de 60 anos que receberam a vacina, a eficácia foi de 91,8%.

Uso no Brasil

O laboratório brasileiro União Química vai fabricar a vacina Sputnik para o mercado da América Latina. A vacina já foi liberada para uso em 16 países (Rússia, Bielo-Rússia, Sérvia, Argentina, Bolívia, Argélia, Palestina, Venezuela, Paraguai, Turcomenistão, Hungria, Emirados Árabes Unidos, Irã, República da Guiné, Tunísia e Armênia). Em alguns deles, como a Rússia e a Argentina, ela já está sendo aplicada na população.

Aqui no Brasil, o instituto Gamaleya ainda aguarda a liberação do uso emergencial da vacina. Por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entretanto, só podem ser liberadas as vacinas que tiverem sido testadas em brasileiros.

Há, entretanto, ações na justiça solicitando a liberação do imunizante russo, sob o argumento de que numa situação de pandemia, não há razão para dificultar a liberação de um remédio que já está sendo amplamente usado em outros países, sem nenhum efeito colateral, e que pode salvar a vida de milhares de brasileiros.

A eficácia da Sputnik V se equivale ao percentual de eficácia das vacinas da Pfizer/BioNTech (95%) e Moderna (94%). Ela tem, entretanto, duas outras vantagens em relação aos principais concorrentes: o preço e condições de armazenamento, já que pode ser acondicionada em geladeiras comuns.

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