Vacina da Pfizer para Covid-19 demonstra eficácia de 90%

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Vacina da Pfizer e da BioNTech demonstra que é eficaz em mais de 90% dos casos. Imagem - divulgação - Pfizer
Vacina da Pfizer e da BioNTech demonstra que é eficaz em mais de 90% dos casos. Imagem - divulgação - Pfizer

A vacina contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pelo laboratório norte-americano Pfizer e pela empresa alemã BioNTec, tem mais de 90% de eficácia, como demonstraram os resultados preliminares da fase 3 de testes, quando o imunizante é aplicado num grande número de pessoas. Para que uma vacina possa ser usada em massa, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que ela tenha uma eficácia de pelo menos 50%.

O anúncio está sendo celebrado pela comunidade científica internacional. “É um grande dia para a ciência, um grande dia para a humanidade”, disse o presidente da Pfizer,  Albert Bourla. “Os resultados demonstram que nossa vacina baseada em mRNA pode ajudar a prevenir a Covid-19 na maioria das pessoas que a recebem”, acrescentou Bourla.

Com esses resultados preliminares, as duas empresas vão solicitar ao governo norte-americano autorização para uso emergencial da vacina em até 15 dias. Pfizer e BioNTech já anunciaram que têm condições de produzir, ainda este ano, 50 milhões de doses da vacina.

A última fase de testes da vacina Pfizer/BioNTech começou no dia 27 de julho. Cerca de 43 mil voluntários de vários países, inclusive 3 mil do Brasil, estão sendo vacinados contra a Covid. Desse número, metade recebeu a vacina contra a doença provocada pelo novo coronavírus e a outra metade um placebo, uma espécie de remedinho de faz de conta, que não tem nenhuma substância química.

Para que os testes dessa fase 3 sejam considerados concluídos, do total de vacinados (inclusive com o placebo), 164 casos de Covid-19 precisam ser registrados. Por enquanto, 94 pessoas foram contaminadas pelo novo coronavírus. Entre os voluntários, conforme divulgaram as empresa, o imunizante foi eficaz em mais de 90% dos casos sete dias depois da segunda dose da vacina e 28 dias depois da primeira.

A eficácia

Na prática, para que uma vacina seja aprovada, ela precisa demonstrar que tem um percentual de eficácia de no mínimo 50%. É o que defende a Organização Mundial de Saúde (OMS); é o que exigem as autoridades de saúde dos Estados Unidos.

Presidente da Pfizer,  Albert Bourla
Presidente da Pfizer, Albert Bourla

Significa que se a vacina for aplicada em 100 pessoas, pelo menos 50 delas precisam estar protegidas contra a doença. No caso da vacina da Pfizer/BioNTec, a cada 100 vacinados, pelo menos 90 estão protegidos contra a Covid-19, como mostraram parte dos resultados dos testes da fase 3, etapa em que o imunizante é aplicado num grande número de pessoas.

Não há ainda acordo do governo brasileiro para a compra da vacina dos laboratórios Pfizer/BioNTech. Mas o Ministério da Saúde do Brasil informou que todas as vacinas com estudos avançados no mundo estão sendo analisadas.

O governo federal e a Fiocruz têm acordo com a Universidade de Oxford e com o laboratório AstraZeneca; já o governo de São Paulo e o instituto Butantan firmaram entendimento com o laboratório chinês Sinovac, que está testando sua vacina, a Coronavac, em cerca de 13 mil voluntários brasileiros.

Nova tecnologia

A vacina produzida pela Pfizer/BioNTech usa uma tecnologia chamada de “RNA mensageiro”, que é diferente das tradicionais. Sendo aprovada, será a primeira do mundo a usar essa nova tecnologia.

Normalmente, as vacinas levam para o nosso corpo o próprio vírus da doença, enfraquecido ou morto, ou um pedacinho dele para ensinar o nosso organismo a produzir os anticorpos de que precisamos.

Já a vacina de RNA mensageiro só leva para o nosso organismo o que ele precisa para criar defesas imunológicas. É como se fosse uma mensagem, com uma receitinha para que nosso corpo produza uma proteína do vírus, e a partir dela os anticorpos de que precisamos. Sem que nenhuma parte do vírus seja usada e sem que a pessoa seja infectada.

A vacina Pfizer/BionTech já havia demonstrado que é segura. Ou seja, entre os voluntários que foram vacinados, não houve nenhuma reação grave ao imunizante. Caso consiga a aprovação das autoridades sanitárias norte-americanas para uso emergencial, ela poderá começar a ser aplicada nos Estados Unidos ainda este ano.

Para o ano que vem, a Pfizer e BionTech anunciaram que terão condições de produzir 1,3 bilhão de doses da vacina contra a Covid-19.

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