Qual país vencerá a corrida pela vacina contra a Covid-19?

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Imagem de Michal Jarmoluk - Pixabay
Imagem de Michal Jarmoluk - Pixabay

Na corrida para encontrar uma vacina contra a Covid-19 eficiente e segura, e que esteja pronta ainda este ano, estão na liderança a China, o Reino Unido e os Estados Unidos. Quem chegará em primeiro lugar? O ideal é que haja um empate e que empresas desses três países consigam produzir a vacina para começar a ser ministrada ainda em 2020.

Segundo a Organização Mundial de Saúde(OMS), existem no mundo perto de 200 estudos que tentam encontrar uma vacina contra a Covid, mas quatro delas estão em processo mais avançado, já indo para a fase 3, quando o imunizante é testado em um grande número de pessoas. Duas delas são da China, uma do Reino Unido e a outra dos Estados Unidos.

Duas dessas quatro mais promissoras serão testadas nos próximos dias em voluntários brasileiros, com boas chances de que sejam produzidas por laboratórios de São Paulo ou Rio, o que aumentam as possibilidades de que, uma vez aprovada, a vacina possa estar disponível também este ano no Brasil.

Uma das quatro está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. Na fase 3, de testes em humanos, será aplicada em dez mil pessoas de vários países do mundo, dois mil deles de brasileiros. A produção estará a cargo da farmacêutica sueco-britânica AstraZeneca, que está conversando com autoridades de saúde do Brasil para que o país produza o medicamento para o mercado interno e demais países da América Latina.

Eficácia de 90%

Outra das quatro mais promissoras que será testada no Brasil está sendo desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech. Em acordo recente firmado com o Instituto Butantan, de São Paulo, ficou estabelecido que a vacina, chamada CoronaVac, será testada em 9 mil brasileiros. Em comunicado recente, a empresa informou que, nos testes feitos até agora, ela mostrou eficácia de 90%.

A outra vacina chinesa com boas perspectivas está sendo desenvolvida pelo Instituto de Biotecnologia de Pequim e pela empresa Cansino Biologics.

Fecha o grupo das quatro a vacina que está em desenvolvimento pela empresa de biotecnologia americana Moderna. Ela usa uma nova tecnologia, chamada mRNA, que representa uma maneira totalmente nova de fornecer imunidade a doenças.

O otimismo com o novo medicamento é tamanho que a empresa vai começar a produzir a vacina em julho, em parceria com a fabricante suíça Lonza, e a expectativa é produzir um bilhão de doses por ano. O governo norte-americano está investindo US$ 500 milhões (mais de R$ 2,5 bilhões) na vacina em desenvolvimento pela Moderna.

O Boas Novas torce para que todas demonstrem eficácia e segurança nos testes da fase 3 e que essas e mais algumas possam estar disponíveis o mais brevemente possível, uma vez que a vacina é a forma definitiva para o mundo se livrar da Covid-19.

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