Países se unem em busca de uma vacina para a Covid-19

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Imagem - Gordon Johnson - Pixabay
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Um grupo de 40 países, liderados pela União Europeia, decidiu se unir para acelerar as pesquisas para encontrar uma vacina contra a covid-19, a doença provocada pelo coronavírus. A intenção é realizar um trabalho coordenado entre essas nações, com troca de informações e tecnologias, e levantar recursos para financiar as pesquisas.

Somente ontem, foram conseguidos 7,4 bilhões de euros, o equivalente a R$ 45 bilhões, para acelerar os estudos. A expectativa do grupo é poder encontrar uma vacina para essa doença altamente contagiosa até o início do ano, única maneira de o mundo voltar à normalidade, já que não existe também um remédio comprovadamente eficaz contra a covid.

Foi firmado entre as nações um compromisso político de que a vacina, tão logo seja descoberta, será também compartilhada com os países mais pobres. Há também um compromisso do grupo, que será coordenado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de buscar um tratamento eficaz contra a doença, bem como ampliar as testagens, que é considerada uma estratégia fundamental no controle do vírus.

Lideres europeus, à frente o presidente da França, Emmanuel Macron, e a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, em carta aberta à população, destacaram a importância da união dos países. “Se pudermos desenvolver uma vacina que seja produzida pelo mundo, para o mundo tudo, será um bem global único no século 21”, diz um trecho da carta.

Distribuir igualmente

A União Europeia, numa reunião virtual realizada ontem com representantes de mais de 40 países, além da OMS e da Organização das Nações Unidas (ONU), abriu os trabalhos anunciando a doação de 1 bilhão de euros. Contribuíram, entre outros, o Canadá, Noruega, Arábia Saudita, África do Sul, Japão e China (onde o novo coronavírus foi identificado primeiro).

Quem decidiu também colaborar com a doação de mais de 400 milhões de euros foi o Reino Unido. O primeiro-ministro do país, Boris Johnson, que contraiu a covid e ficou em estado grave, ressaltou a importância da união dos países para enfrentar a pandemia. “A verdade é que nenhum de nós vai ter sucesso sozinho. Precisamos trabalhar juntos”, pediu o primeiro-ministro britânico.

O diretor da OMS, Tedros Adhanom, disse no encontro que o importante não é somente encontrar a vacina ou o tratamento para a covid-19, mas distribuir igualmente as descobertas com todos os países. Posição semelhante externou o secretário-geral da ONU, o português Antônio Guterres: “num mundo interconectado, nenhum de nós estará seguro até que todos estejam”, afirmou.

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