Pfizer acredita ter vacina contra Covid-19 em setembro

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2025
Imagem - Fernando Zhiminaicela- Pixabay
Imagem - Fernando Zhiminaicela- Pixabay

A corrida para encontrar uma vacina contra o coronavírus continua em ritmo acelerado. A Pfizer e a empresa farmacêutica alemã Biontech SE iniciaram os testes em humanos de uma vacina experimental contra o novo vírus. Ela já foi aplicada em voluntários da Alemanha e começou a ser testada também num grupo de 360 voluntários norte-americanos com idade entre 18 e 55 anos.

Caso tudo ocorra dentro do previsto, e a droga se mostrar segura e eficaz contra o novo coronavírus, a expectativa é que ela possa estar pronta para ampla distribuição nos Estados Unidos até meados de setembro.

A vacina será testada em 8 mil voluntários, incluindo pessoas mais velas, chegando a 85 anos, até o final da segunda etapa. Geralmente, o desenvolvimento de novas drogas para imunização demora anos, mas a Pfizer e a Biontech estão usando técnicas para acelerar o processo.

Fazer testes em vários candidatos em paralelo, como estão fazendo, é uma das maneiras pelas quais as empresas esperam diminuir o tempo necessário para reunir provas suficientes para solicitar a aprovação de uso de emergência pela FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora de medicamentos dos EUA.

Assim que as farmacêuticas mostrarem que a vacina é eficaz e não oferece nenhum risco grave, será possível solicitar a aprovação. Porém, resultados de estudos mais detalhados ainda podem ser necessários para convencer os reguladores norte-americanos a aprovar a imunização para o púbico em geral.

100 vacinas em desenvolvimento

A análise está sendo conduzida na Universidade de Nova York, na Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, no Centro Médico da Universidade de Rochester e no Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati.

O desenvolvimento da droga é baseado no material genético conhecido como RNA mensageiro, que carrega as instruções para as células produzirem proteínas. Ao injetar um RNA mensageiro projetado de maneira específica no corpo, ele poderia dizer às células como produzir a proteína spike (que permite ao Sars-CoV-2 infectar nossas células) sem deixar a pessoa doente.

Para os testes, os participantes serão divididos em grupos para comparar quatro variações da vacina, cada uma representando um formato de RNA mensageiro com instruções para criar uma versão diferente da proteína spike. Os médicos acompanharão de perto os níveis de anticorpos dos participantes, enzimas hepáticas e outros indicadores de possíveis efeitos colaterais.

Segundo Organização Mundial da Saúde (OMS) existem mais de 100 vacinas em desenvolvimento no mundo, com pelo menos oito já em testes em humanos. O Reino Unido também trabalha com a perspectiva de ter uma vacina contra a Covid-19 em setembro e a Índia espera poder produzir a sua a partir de outubro.

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