Voar é só para os pássaros?

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A jovem Sofia no seu primeiro salto de paraquedas. Fotos-Gisele Bicalho - arquivo pessoal
A jovem Sofia no seu primeiro salto de paraquedas. Fotos-Gisele Bicalho - arquivo pessoal

A humanidade sempre sonhou em voar. De Leonardo da Vinci à Bartolomeu de Gusmão. De Santos Dumont aos irmãos Wright. Muitos deram asas à imaginação e voaram de fato. Outros foram além. Neil Armstrong é um deles. O primeiro a pisar na lua, deu o que; para ele, foi “um pequeno passo para o homem e um grande passo para humanidade”.

Essa busca constante pra sair do chão já rendeu (e ainda rende) muita discussão. Há até quem duvide da paternidade de Santos Dumont, conhecido como o “Pai da Aviação”. Uma tese atribui aos Irmãos Wright a honra de serem os  verdadeiros inventores, descartando que o 14 Bis do brasileiro Santos Dumont tenha sido o primeiro avião da história.

Papai, que sempre sonhou em voar e não é de entrar em bola dividida, não está nem aí para essa briga e passa longe da discussão sobre se o homem foi mesmo à lua (Ops!). Tem gente que jura de pé junto que essa história  não passa de fake news. Que a cena saiu dos estúdios de Hollywood e patati, patatá. 

Voltando ao cerne da questão, o Velho Osvaldo conta que ele e o irmão Didi, ambos muito jovens, venceram a resistência da família e se inscreveram em um curso de pilotagem. No primeiro dia de aula assistiram à queda de um monomotor que tinha acabado de levantar voo no aeroporto do Carlos Prates. A visão dos destroços sepultou de vez o sonho dos dois irmãos.

O Velho Osvaldo só voou anos depois em deslocamentos curtos para Brasília e para o Rio de Janeiro. Obviamente em aviões seguros, conduzidos por pilotos experientes e hábeis, porque, como ele mesmo diz, seguro morreu de velho.

Quanto à mim, tenho mais horas de voo que urubu. Já voei em todo tipo de aeronave. De Boing a King Air, de Citation a Cirrus, de Learjet a Bandeirantes. Em vários helicópteros também. Teve até aquela vez que em um deslocamento para Governador Valadares o “Esquilo” despencou em queda livre. Caiu dentro de  um rio, no meio de uma mata de eucaliptos. Felizmente todos se salvaram sem um arranhão sequer. Habilidade do piloto combinada com desígnios de Deus. Acredito piamente que fui presenteada com uma segunda chance. Como contrapartida, a ideia era me tornar uma pessoa melhor. Se Deus conseguiu seu intento? Não sei. Só digo que tento diariamente fazer jus ao presente divino.

Ainda falando sobre quedas, recentemente Sofia saltou de paraquedas. Agora só fala em fazer um curso e se profissionalizar. Quer virar paraquedista. Não duvido nem um pouco. Nessa família muito unida e  também muito engraçada há doido pra tudo. Inclusive pra voar.

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