Uma nova descoberta para tratar câncer de pâncreas

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Foto - Pixabay
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Uma notícia bastante promissora que vem da Universidade de Tel Aviv sobre o câncer de pâncreas, que é considerado um dos mais agressivos, com taxa de mortalidade de 95%. Um tratamento experimental feito em camundongos mostrou que uma molécula pequena tem capacidade de induzir a autodestruição de células cancerígenas pancreáticas.

O tratamento reduziu o número de células cancerígenas em 90% nos tumores desenvolvidos um mês após o seu início. Em um dos ratos que recebeu a medicação, o tumor desapareceu completamente. Com os primeiros resultados, os pesquisadores acreditam que existe um grande potencial para o desenvolvimento de uma nova terapia eficaz para tratar esse câncer agressivo em humanos.

A pesquisa foi realizada com xenoenxertos – transplantes de câncer de pâncreas humano em camundongos imunocomprometidos. O estudo, que foi publicado na revista Oncotarget , foi liderado pela professora Malca Cohen-Armon e sua equipe na Faculdade de Medicina Sackler da Universidade de Tel Aviv, em colaboração com a equipe da Dra. Talia Golan no Centro de Pesquisa do Câncer no Sheba Medical Center, que é o maior hospital de Israel.

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Autodestruição de células cancerígenas

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“Em pesquisa publicada em 2017, descobrimos um mecanismo que causa a autodestruição de células cancerígenas humanas durante a duplicação sem afetar as células normais”, explicou o professor Cohen-Armon

“Agora, aproveitamos essas informações para erradicar eficientemente as células do câncer de pâncreas humano em xenoenxertos. Os resultados atuais foram obtidos usando uma pequena molécula que evoca esse mecanismo de autodestruição em uma variedade de células cancerígenas humanas”, acrescentou.

Segundo o professor, os ratos foram tratados com uma molécula chamada PJ34, que é permeável na membrana celular, mas afeta exclusivamente células cancerígenas humanas. “Essa molécula causa uma anomalia durante a duplicação de células cancerígenas humanas, provocando sua rápida morte celular. Assim, a própria multiplicação celular resultou em morte celular nas células cancerígenas tratadas”, contou ainda o professor Cohen-Armon. 

Um mês após a injeção diária de PJ34 por 14 dias, as células cancerígenas pancreáticas nos tumores dos camundongos tratados apresentaram uma queda relativa de 90%, sendo que em um deles o tumor desapareceu completamente.

“É importante observar que nenhum efeito adverso foi observado e não houve alterações no ganho de peso dos ratos nem em seu comportamento”, diz o professor Cohen-Armon. Esse mecanismo atua de maneira eficiente em outros tipos de câncer resistentes às terapias atuais. 

Com GNN

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