Nova tecnologia vai revolucionar tratamento do câncer

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Uma nova tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Waterloo, no Canadá, promete mudar de forma drástica o tratamento do câncer. A técnica usa o modo como a luz dos lasers interage com tecidos cancerígenos e saudáveis (chamada de fotoacústica), conseguindo diferenciá-los em tempo real e sem contato físico, o que permite, nas cirurgias para retirada do câncer, localizar com precisão as bordas dos tumores para a sua remoção.

“Este é o futuro, um passo gigantesco em direção ao nosso objetivo final de revolucionar a oncologia cirúrgica. No intraoperatório, durante a cirurgia, o cirurgião poderá ver exatamente o que cortar e quanto cortar,” explicou o o Dr. Parsin Haji Reza, da Universidade de Waterloo, o principal responsável pela pesquisa.

Uma das grandes vantagens da nova técnica é que ela vai evitar a necessidade de cirurgias secundárias para retirar tecido maligno que, em alguns casos, é deixado para trás.

Hoje, os médicos contam principalmente com imagens de ressonância magnética pré-operatórias e tomografias computadorizadas, além de sua experiência e da inspeção visual para determinar as margens dos tumores durante as cirurgias.

As amostras de tecido são então enviadas ao laboratório para testes, com espera de até duas semanas para que os resultados mostrem se o tumor foi completamente removido ou não.

Em cerca de 10% dos casos – as taxas para diferentes tipos de câncer variam amplamente – alguns tecidos cancerígenos são deixados e uma segunda cirurgia é necessária para removê-los. A ideia dos pesquisadores é que isso seja minimizado ou mesmo deixe de acontecer no futuro.

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Economia de tempo e dinheiro

A tecnologia fotoacústica desenvolvida pela equipe do Dr. Reza funciona enviando pulsos de luz laser para o tecido alvo, que os absorve, aquecendo-se e expandindo-se, o que produz ondas acústicas. Um segundo laser “lê” essas ondas sonoras, que são processadas para determinar se o tecido é cancerígeno ou saudável, uma vez que os dois tipos de tecidos emitem ondas diferentes.

“Isso terá um tremendo impacto na economia da assistência médica, será incrível para os pacientes e proporcionará aos clínicos uma ótima ferramenta. Isso economizará muito tempo, dinheiro e ansiedade,” afirmou Haji Reza.

Com Diário da Saúde e Nature Scientific Reports

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