Inteligência artificial revoluciona teste para detectar Covid

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Uma equipe de três cientistas israelenses descobriu um método de testes para a Covid-19 usando a inteligência artificial, que está sendo apontado como mais rápido e eficiente do que qualquer outro disponível hoje no mercado. Ele é capaz de testar amostras de até 48 pessoas ao mesmo tempo.

O método foi avaliado pelo Ministério da Defesa de Israel e aprovado com louvor, como informou o engenheiro Ronen Walfisch ao jornal New York Times. Com a aprovação, o governo vai disponibilizar o novo teste em 12 laboratórios em todo país até outubro, mês em que o governo prevê uma nova onda de infecções pelo novo coronavírus, que pode coincidir com um período de grande incidência de doenças respiratórias no país.

Conforme Moran Szwarcwort Cohen, chefe do laboratório de virologia do hospital Rambam Health Care Campus, um dos mais importantes de Israel, o método vai permitir que escolas, campi universitários, empresas e companhias aéreas possam testar grupos grandes de pessoas, de forma rápida.

A testagem é considerada uma das estratégias mais eficientes para conter o contágio pelo coronavírus, uma vez que permite isolar e tratar de forma adequada as pessoas infectadas.

Impulso da mãe

Teste para detectar coronavírus desenvolvido em Israel usa Inteligência Artificial. Foto - redes sociais
Teste para detectar coronavírus desenvolvido em Israel usa Inteligência Artificial. Foto – redes sociais

O novo teste para detectar a Covid aproveita um método que o cientista Noam Shental, da Universidade Aberta de Israel, criou há uma década. Ele construiu um algoritmo combinatório para acelerar a detecção de mutações genéticas raras. o professor explica que ele funciona de forma semelhante aos códigos de detecção de erros que filtram o ruído nas telecomunicações e na ciência da computação.

Alguns anos após a criação desse método, Shental deu uma palestra para não-cientistas para explicar melhor o seu trabalho. Uma das expectadoras era sua mãe. Recentemente, ela se lembrou da palestra e perguntou ao filho se aquele método não poderia ser usado para identificar o novo coronavírus.

Em princípio ele disse que relutou um pouco, mas entendeu que poderia dar certo. Convidou para ajudá-lo na tarefa os professores Tomer Hertz e Angel Porgador, da Universidade Ben-Gurion de Negev. Os três criaram o novo teste.

O trabalho foi publicado na revista revista Science Advances. Os Estados Unidos já manifestaram interesse em adquirir o novo teste.

Com informações do NYT

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