Novo plástico se desintegra no solo em apenas 5 meses

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Professora Michele Rigon Spier e estudante de pós-graduação Luis Alberto Garcia integram equipe do estudo que usa matéria-prima renovável para embalagens. Foto: Divulgação
Professora Michele Rigon Spier e estudante de pós-graduação Luis Alberto Garcia integram equipe do estudo que usa matéria-prima renovável para embalagens. Foto: Divulgação

Pesquisadores do Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal do Parana (UFPR)desenvolveram uma embalagem biodegradável que leva apenas cinco meses para se desintegrar totalmente no solo. Os plásticos convencionais, feitos à base de produtos do petróleo, levam mais de 100 anos para se decompor no meio ambiente.

O trabalho, que é coordenado pela professora Michele Rigon Spier, vem sendo desenvolvido há dois anos e resultou em duas formulações com propriedades parecidas: uma branca, com base em amido, e outra verde, com base em amido e algas. Ambas usam aditivos biodegradáveis e podem substituir o plástico convencional.

“Os filmes que produzimos poderiam ser usados para recobrimento de produtos, para a produção de sacolas plásticas e mesmo para produção de sacos de armazenamento de lixo. Variando algumas propriedades, podemos, inclusive, produzir copos, canudos e outros recipientes plásticos”. explica a professora Michele.

Segundo ela, o plástico verde tem uma pequena vantagem em relação ao branco: uma aceleração da degradação no solo em 7% na comparação com o branco.

O sonho da professora Michele e da equipe de pesquisadores é o trabalho beneficie a sociedade. “Trabalhamos para que a sociedade produza novos produtos para a geração de emprego local e regional, além de contribuir com geração de renda e produtos eco-friendly. Além disso, existe uma grande preocupação com o meio ambiente, reduzindo quantidades de embalagens plásticas que o poluem”, assinala a professora.

A expectativa dos pesquisadores da Universidade Federal do Paraná é que o trabalho consiga apoio, seja de governos ou mesmo da iniciativa privada, para que esse novo plástico possa chegar aos consumidores, o que representaria um ganho enorme para o meio ambiente.

De acordo com o Instituto Socioambiental dos Plásticos (Plastivida), ainda não há sacolas biodegradáveis comercializadas em larga escala no mercado brasileiro.

Com assessoria de Comunicação da Universidade Federal do Paraná

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