Robô humanoide de Uberlândia vai disputar torneio mundial

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Robô humanoide

Um robô humanoide desenvolvido por estudantes de engenharia da Universidade Federal de Uberlândia vai representar o Brasil na RoboCup 2018. Essa é uma das principais competições mundiais de robótica, que acontece entre os dias 16 e 22 de junho, em Montreal, no Canadá.

O robô humanoide foi projetado pela equipe de Desenvolvimento em Robótica Móvel da Faculdade de Engenharia Mecânica (Edrom) da UFU. A Prefeitura de Uberlândia está apoiando o projeto, como forma de estimular iniciativas de inovação e tecnologia.

O protótipo será o único representante brasileiro na categoria Humanoid League Teen Size, em que robôs autônomos são projetados para jogar futebol. O projeto uberlandense ganhou o nome de Sakura.

Rogério Gonçalves é o tutor da Edrom e responsável pelos alunos perante a UFU. Formado em engenharia mecânica, com mestrado e doutorado na mesma área aplicada a robótica e pós-doutorado em reabilitação robótica, ele comanda uma equipe de 12 alunos — 10 de engenharia mecatrônica, 1 de mecânica e 1 de mestrado.

A equipe planeja levar dois robôs para a competição: atacante Sakura e goleira Stek. “Estamos na fase final de ajustes do passo para os robôs andarem melhor e terminando o desenvolvimento da inteligência artificial para que possam jogar futebol”, diz Gonçalves.

Essa não é a primeira experiência da Edrom em competições de robótica. Em 2015, a equipe uberlandense conquistou o primeiro lugar em um torneio com robôs desenvolvidos na América Latina. Em 2016 e 2017, chegou ao segundo lugar.

Robô humanoide desenvolvido pela UFU | Foto: Edrom

Robô humanoide ficou mais leve

Em relação aos projetos anteriores, há mudanças elétricas e mecânicas no robô humanoide, que reduziram o peso de 10 kg para 7 kg. Segundo Gonçalves, foram incorporados também um sistema de inteligência artificial para a identificação e rastreamento da bola no campo de futebol e um sistema de controle dos parâmetros do andar do robô para deixá-lo mais estável e com menos quedas.

“Estamos trabalhando com robô humanoide para jogar futebol desde 2011. Inicialmente, trabalhávamos com kits comerciais adaptados e fomos evoluindo o projeto para robôs do tamanho de uma criança”, diz Gonçalves. Esse é o tamanho do projeto que estará em competição na RoboCup 2018

A participação da Edrom na RoboCup 2018 vai além da divulgação do trabalho do time. “É uma grande oportunidade de internacionalização da nossa instituição. Deve-se destacar que esse evento é um dos maiores em nível mundial em termos de robótica, e estarmos entre os melhores do mundo é uma grande realização acadêmica.”

Robô da UFU vai a Montreal representar o Brasil | Foto: UFU

Ele e mais quatro alunos irão para Montreal. Para os estudantes, a viagem equivale à “realização de um sonho”. “Vamos ter o trabalho reconhecido, além de uma grande experiência acadêmica e profissional. É também uma oportunidade de fazer parcerias com times internacionais e conhecer novas tecnologias e robôs.”

Gonçalves destaca a importância do trabalho de pesquisa na UFU. “A UFU está desenvolvendo diversas pesquisas em várias linhas do conhecimento humano e muitas dessas pesquisas possuem aplicações no nosso cotidiano. Por exemplo, no caso do desenvolvimento dos robôs humanoides, eles poderão em um futuro próximo serem utilizados como cuidadores de idosos e poderão realizar atividades domésticas. Além disso, a tecnologia de robôs humanoides está relacionada ao desenvolvimento de exoesqueletos para aplicações no corpo humano.”

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