Os Estados Unidos, país mais afetado do mundo pelo novo coronavírus, vai começar a vacinação em massa contra a Covid-19. A FDA (Food and Drug Administration), agência de regulação de medicamentos dos Estados Unidos, aprovou o uso emergencial da vacina da Pfizer/BioNtech e a imunização, conforme anunciou o presidente Donald Trump, vai começar nas próximas horas.
“Nosso país atingiu um milagre da medicina”, comemorou o presidente Donald Trump. A vacina da Pfizer/BioNtech tem eficácia de 95% e já está sendo usada pelo Reino Unido. Foi também aprovada para uso emergencial no Canadá, México e Bahrein. A expectativa do governo americano é vacinar até 24 milhões de pessoas até meados de janeiro e 100 milhões até março.
“A autorização do FDA para o uso de emergência da primeira vacina covid-19 é um marco significativo na luta contra esta pandemia devastadora que afetou tantas famílias nos Estados Unidos e em todo o mundo”, disse o comissário da FDA, Stephen M. Hahn, em comunicado publicado no site da agência.
Nos Estados Unidos, quase 16 milhões de pessoas já foram infectados pelo novo coronavírus e mais de 295 mil já morreram de Covid-19. O país foi afetado por uma nova onda da doença e mais de três mil pessoas estão morrendo por dia. Portanto, a vacina é a grande esperança da maior nação afetada pelo vírus.
Como o país tem dimensões continentais, a vacinação do povo norte-americano vai exigir uma verdadeira operação de guerra. Mas o presidente Donald Trump assegurou que após a aprovação do uso da vacina da Pfizer, que ocorreu na noite de sexta-feira, a imunização vai começar 24 horas após.
Brasil compra 70 milhões de doses
O processo de vacinação nos EUA deverá também ganhar novo ritmo com a aprovação da vacina do laboratório americano Moderna, esperada para a próxima semana, que nos testes da fase 3 demonstrou ter eficácia de 94%. Tanto a vacina da Moderna como da Pfizer/BioNTech usam uma nova tecnologia, do RNA mensageiro.
Nesse caso, a vacina leva para o nosso organismo uma cópia de parte do código genético do vírus. É uma espécie de mensagem, uma receita para que nosso corpo produza uma proteína do vírus. A presença dessa proteína desencadeia a produção de anticorpos.
O governo brasileiro está negociando a compra de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech, suficientes para vacinar 35 milhões de pessoas, uma vez que há necessidade de aplicação de duas doses. Mas lotes da vacina só deverão começar a chegar a partir de janeiro.
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