Nova esperança no tratamento do Alzheimer e Parkinson

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Imagem - Pixabay
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A ciência vem conseguindo avanços extraordinários contra alguns males que afligem milhões de pessoas mundo afora. Veja o caso da Covid-19. Em pouco menos de 12 meses, algo inédito na história da humanidade, foram desenvolvidas várias vacinas contra a doença. E temos agora novidades no tratamento de duas doenças degenerativas: Alzheimer e Parkinson.

Cientistas russos sintetizaram compostos químicos que podem impedir a degeneração dos neurônios no Alzheimer, Parkinson e outras patologias cerebrais graves. Muito recentemente, o Boas Novas noticiou que os Estados Unidos aprovaram um novo medicamento para o tratamento do Alzheimer.

Novas moléculas das classes pirrolil- e indolilazina ativam mecanismos intracelulares para combater uma das principais causas das doenças cerebrais “envelhecidas” – um excesso das chamadas estruturas amilóides que se acumulam no cérebro humano com a idade.

Especialistas de vários institutos, incluindo a Universidade Federal de Ural, participaram do estudo, que foi publicado recentemente no  European Journal of Medicinal Chemistry .

“Nossos compostos ativam a síntese de proteínas específicas de choque térmico e causam seu acúmulo na célula”. É o que explica coautora da pesquisa, Irina Utepova, professora do Departamento de Química Orgânica e Biomolecular da universidade de Ural.

Proteção para as células

“Proteínas desse tipo tornam possível proteger o tecido neuronal de um excesso de amilóides tóxicos. E também proteger as células de vários tipos de estresse, incluindo estresse proteotóxico característico de doenças neurodegenerativas”, acrescentou Irina.

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Segundo os especialistas, vantagens importantes dos compostos das séries das classes de pirrolil- e indolilazina são uma tecnologia de síntese lucrativa e baixa toxicidade. Os compostos obtidos foram testados em modelos celulares da doença de Alzheimer e lesões secundárias após lesão cerebral traumática.

Em ambos os casos, as novas substâncias demonstraram um efeito terapêutico significativo, aumentando a sobrevivência das células neuronais. O composto mais eficaz foi testado em tecidos vivos de ratos com lesões secundárias após lesão cerebral traumática.

De acordo com os cientistas, o uso da pirrolilazina na terapia de reabilitação permitiu aos animais evitar o aparecimento de distúrbios de movimento, comum em pacientes com Parkinson, e degeneração dos neurônios do hipocampo.

A equipe de pesquisa se prepara agora para os testes pré-clínicos. Participam da pesquisa especialistas do Instituto de Citologia da Academia Russa de Ciências; do Instituto de Síntese Orgânica da Seção Ural da Academia Russa de Ciências e da Universidade Federal dos Urais.

Os testes pré-clínicos são realizados em animais, dentro de um laboratório, ou mesmo num recipiente de vidro. Servem para identificar a segurança e os efeitos tóxicos do medicamento que está sendo testado. Posteriormente, passa-se para a fase de estudos clínicos, que é feita em seres humanos.

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Com informações do GNN e European Journal of Medicinal Chemistry

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