A humanidade está próxima de realizar um feito histórico: a descoberta de uma vacina contra um vírus, no caso o coronavírus, em tempo recorde, provavelmente num prazo inferior a 12 meses. Embora a vacina contra a Covid-19 ainda esteja sendo desenvolvida, há grandes chances de que até o final do ano o imunizante comece a ser aplicado em milhões de pessoas mundo afora.
Até hoje, a vacina desenvolvida no mundo com mais rapidez demorou dez anos para ficar pronta: a do sarampo. O vírus causador da doença foi identificado em 1953, enquanto a vacina foi aprovada em 1963. Descobrir o vírus e criar uma vacina em 12 meses é algo fenomenal e, segundo cientistas, está bem próximo de ser concretizada.
No caso da vacina contra a Covid-19, há algumas razões que podem explicar tal conquista, caso ela seja confirmada. Primeiro, houve uma união sem precedentes da comunidade global, em especial da comunidade científica, para encontrar uma arma eficaz e segura contra um inimigo invisível que continua assustando o planeta.
Poucos dias após o primeiro caso da Covid-19 ser registrado na China, em dezembro do ano passado, pesquisadores do país sequenciaram os dados genéticos do vírus e compartilharam o resultado com o resto do mundo. Essa transparência permitiu que pesquisadores de dezenas de países estudassem rapidamente os aspectos internos e externos do vírus e começassem a tentar criar uma vacina.
O potencial devastador que o vírus demonstrou logo após ser descoberto, que obrigou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar que o mundo vivia uma pandemia, também explica a união de esforços para encontrar uma solução definitiva para o coronavírus, que só virá, dizem os especialistas, com a descoberta de uma vacina.
Somado aos avanços tecnológicos das últimas décadas, governos e empresas decidiram também investir bilhões de dólares na busca tanto da vacina como de um remédio eficaz para tratar a Covid-19 (que ainda não existe), o que é também inédito.
O resultado é que existem cerca de 200 pesquisas no mundo participando da corrida para encontrar rapidamente o imunizante contra o novo coronavírus, sendo que dez já entraram na fase 3 dos testes em humanos, quando o medicamento é testado num grande número de pessoas, para comprovar a eficácia e segurança encontradas nas fases 1 e 2.
Das vacina mais promissoras em estudo, duas serão testadas em julho em voluntários brasileiros, o que abre também perspectiva de que, em sendo aprovadas, o que é esperado para setembro ou outubro, o Brasil possa ter acesso mais rápido aos medicamentos.
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Uma delas, desenvolvida pela Universidade de Oxaford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, será testada em dois mil brasileiros. A outra, do laboratório chinês Sinovac Biotech, será testada em 9 mil voluntários brasileiros, em parceria com o Instituto Butantam, que tem também capacidade para produzir a vacina, caso ela passe nos testes.
Encontrar uma vacina contra uma doença continua sendo uma tarefa desafiadoras e dificílima. Apesar dos esforços e de centenas de pesquisas, não foi encontrada ainda, por exemplo, uma vacina contra o HIV, o causador da Aids (embora existam também, neste caso, razões de ordem econômica).
No caso da vacina contra a Covid-19, uma conjugação de fatores está bem próxima, tudo indica, de provocar uma revolução na medicina e, por óbvio, vencer um inimigo tão poderoso como o coronavírus. Nenhum desses fatores, certamente, pesa mais do que a união de cientistas, universidades, empresas, empresários e governos na busca de um bem comum, capaz de beneficiar bilhões (isso mesmo, bilhões) de pessoas.
Você não tem receio em receber essa vacina no seu sangue para agir nas suas células sem que um prazo seguro para avaliar efeitos e reações tenha sido realizado????
Exemplos de tempo: Vacina Caxumba – mais de 4 anos (a mais rápida produzida), Sarampo – 10 anos