Fórmula 1 quer ser totalmente “verde” a partir de 2030

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Um carro de Fórmula 1 da equipe Ferrari, uma das mais tradicionais do campeonato. Foto - Twitter-F1
Um carro de Fórmula 1 da equipe Ferrari, uma das mais tradicionais do campeonato. Foto - Twitter-F1

Um dos eventos esportivos mais badalados do mundo, o Campeonato Mundial de Fórmula 1 pretende ser totalmente verde a partir de 2030. Ao final da próxima década, conforme informou a Federação Internacional de Automobilismo, 100% da operação envolvendo carros, pessoas e equipamentos deverá ser feita com energia renovável.

As mudanças para tornar esse evento mundial mais sustentável começam a partir do próximo ano, quando os carros de corrida serão obrigados a usar como combustível uma gasolina que tenha, em sua composição, 10% de biocombustível.

Já a partir de 2025, o uso de utensílios de plástico, material que pode demorar até 500 anos para se decompor no meio ambiente, estará proibido nas competições, que acontecem em vários países do mundo, inclusive no Brasil. Também a partir deste ano, todo o lixo terá que ser reutilizado ou reciclado.

Curiosamente, o grande desafio dos organizadores da Fórmula 1 para tornar o evento mais sustentável e, portanto, mais verde, está fora das pistas. De acordo com a Federação Internacional de Automobilismo, o grande responsável pela poluição gerada pelo evento está na montagem do chamado Circo da Fórmula 1.

Toda a logística envolvida em movimentar os carros, equipamentos de circuito em circuito, usando aviões, navios e caminhões, representa 45% das emissões de carbono da Fórmula 1. As viagens de pilotos e equipes são 27% desse total e há também o percentual que é emitido na fabricação dos carros. Os treinos e as provas, que mobilizam e atraem a atenção de apaixonados por automobilismo no mundo todo, com todo o combustível e pneus que consomem, respondem por apenas 0,7% da poluição gerada.

Com a decisão, a F-1 espera se manter na vanguarda da tecnologia, que é uma das marcas de sua história, influenciando os carros que circulam pelas ruas das cidades. “Estar na vanguarda da inovação automotiva dá à F-1 uma plataforma global para acelerar o progresso e desenvolver tecnologias para reduzir e eliminar as emissões de carbono dos atuais motores de combustão interna”, explicou a direção da Fórmula 1.

Chase Carey, atual chefão da Fórmula 1, afirma que, ao longo dos seus 70 anos de história, ela foi pioneira em numerosas tecnologias e inovações que deram grandes contribuições para a sociedade e ajudaram a combater as emissões de carbono.

“Desde a aerodinâmica inovadora ao design dos freios, o progresso liderado pelas equipes da F-1 beneficiou centenas de milhões de carros de passeio. Poucas pessoas sabem que as unidades de potência híbrida da F-1 atual é a mais eficiente do mundo, já que oferece mais potência com menos combustível e, portanto, emite menos CO2 que qualquer outro carro”, assinalou Carey.

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