Governo compra 46 milhões de doses de vacina chinesa

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Butantan tem seis milhões de doses da Coronavac prontas para uso. Foto - Butantan
Governo federal compra 46 milhões de doses da vacina chimesa Coronavac contra a Covid-19

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, vai comprar 46 milhões de doses da vacina chinesa Coronavac, que está sendo testada no Brasil pelo Instituto Butantan. Significa que as doses serão distribuídas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e serão disponibilizadas para os brasileiros de todos os Estados.

A vacina chinesa contra a Covid-19 será incorporada ao Programa Nacional de Imunização (PNI), conforme informou o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, após reunião virtual com 24 governadores. As 46 milhões de doses serão entregues até dezembro, sendo que 6 milhões serão fornecidas pelo laboratório chinês Sinovac e as outras 40 milhões serão fabricadas pelo Instituto Butantan.

Como a Coronavac será aplicada em duas doses, as 46 milhões de doses iniciais serão suficientes para vacinar 23 milhões de brasileiros. Assim que o imunizante for aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacinação poderá começar imediatamente. Serão vacinados primeiro os profissionais de saúde e pessoas do grupo de risco.

Conforme informações do Ministério da Saúde, até fevereiro do próximo ano o Brasil vai receber mais 15 milhões frascos multidoses da Coronavac e a previsão é que até junho o país receba mais 40 milhões de frascos multidoses que serão produzidas pelo Instituto Butantan.

Eficácia

Aplicada em 12 mil voluntários brasileiros, sob a coordenação do Instituto Butantan, a Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, já demonstrou que gera anticorpos contra o novo coronavírus, é segura e não apresentou nenhum efeito colateral importante. Os testes continuam para que seja agora comprovada sua eficácia.

Como determina a Organização Mundial de Saúde (OMS), para que uma vacina seja aprovada ela precisa demonstrar eficácia de pelo menos 50%. Ou seja, se a Coronavac for aplicada em 100 pessoas, pelo menos 50 delas devem ser protegidas contra a Covid-19.

Se os testes forem concluídos em novembro, o que não está descartado, e a vacina for aprovada logo pela Anvisa, a vacinação poderá começar ainda em dezembro. Caso não haja prazo para o início da imunização ainda este ano, os especialistas acreditam que ela deverá começar em janeiro.

Além da vacina chinesa, o governo brasileiro já assegurou a compra de pelo menos 100 milhões de doses da vacina da Universidade de Oxford, que está sendo desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca. Assim como a Coronavac, essa vacina já está na fase final de testes, inclusive em brasileiros, e também poderá ser aprovada ainda este ano pela Anvisa.

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