Campos eletromagnéticos podem controlar diabetes tipo 2

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Imagem de Myriam Zilles - Pixabay
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Pesquisadores da Universidade de Iowa, Estados Unidos, podem ter descoberto uma nova maneira segura de controlar o açúcar no sangue de forma não invasiva.

Eles descobriram que expor ratos diabéticos a uma combinação de campos elétricos e magnéticos estáticos por algumas horas por dia normaliza o açúcar no sangue e a resistência à insulina.

A descoberta abre a possibilidade de usar campos eletromagnéticos (CEM) como um controle remoto para controlar o diabetes tipo 2. “Os efeitos da exposição a campos eletromagnéticos (CEM) em camundongos diabéticos têm sido duradouros, abrindo a possibilidade de uma terapia que pode ser aplicada durante o sono para controlar o diabetes durante todo o dia”, informou a universidade em comunicado.

Os CEM, como foi indicado pelo novo estudo, alteram o equilíbrio de oxidantes e antioxidantes no fígado, melhorando a resposta do organismo à insulina. Este efeito é mediado por pequenas moléculas reativas que parecem funcionar como “antenas magnéticas”.

Descoberta ao acaso

Os professores Calvin Carter e Sunny Huang e um estudante de PhD interessado em metabolismo e diabetes precisavam coletar sangue de camundongos para medir seus níveis de açúcar. Um dos professores se ofereceu para emprestar alguns dos ratos que estava usando para estudar o efeito dos CEM no cérebro e no comportamento dos animais.

“Foi muito estranho porque normalmente esses animais têm alto nível de açúcar no sangue e diabetes tipo 2, mas todos os animais expostos a CEM mostraram níveis normais de açúcar no sangue”, disse Huang. 

A descoberta de que esses ratos tinham níveis normais de açúcar no sangue após a exposição aos campos eletromagnéticos foi duplamente estranha, porque os ratos tinham uma modificação genética que os tornava diabéticos.

“Foi isso que deu início a este projeto”, conta o professor Carter. “No início, reconhecemos que, se as descobertas se sustentassem, elas poderiam ter um grande impacto no tratamento do diabetes”, acrescentou o professor.

Imagem de Steve Buissinne - Pixabay
Imagem de Steve Buissinne – Pixabay

Tratamento durante o sono

Carter e Huang se associaram a outros dois especialistas, Val Sheffield e Dale Abel, e descobriam que a aplicação combinada de campos magnéticos e elétricos estáticos sem fio modula o açúcar no sangue em três modelos diferentes de ratos com diabetes tipo 2

A equipe também mostrou que a exposição a tais campos, aproximadamente 100 vezes maior do que a da Terra, durante o sono, reverteu a resistência à insulina em três dias de tratamento.

Além dos estudos em ratos, os pesquisadores também trataram células hepáticas humanas com campos magnéticos por seis horas e mostraram que um marcador substituto para a sensibilidade à insulina melhorou significativamente. O que sugere, conforme os pesquisadores, que eles também podem produzir o mesmo efeito antidiabético em humanos.

“Nosso sonho é criar uma nova classe de medicamentos não invasivos que assumam remotamente o controle das células para combater doenças”, diz o professor Carter.

Campos eletromagnéticos estão em toda parte: telecomunicações, na navegação e dispositivos móveis, como os populares telefones celulares. São também usados ​​na medicina, como nos exames de ressonância magnética, por exemplo.

Com GNN

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