Cura para esclerose múltipla está próxima, diz cientista

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A cura para a esclerose múltipla, uma doença neurológica, crônica e autoimune, que atinge mais de 2,5 milhões de pessoas no mundo, pode estar muito próxima. É o que assegura a cientista Su Metcalfe, pesquisadora sênior da Universidade de Cambridge, Inglaterra. A outra boa notícia que é que a descoberta pode ajudar também no tratamento de outras doenças, como diabetes, psoríase e até mesmo demências

A doutora Su descobriu descobriu uma mudança dentro da célula imunológica que poderia ser “reinicializada” para retornar à sua atividade normal. “A autoimunidade acontece quando a balança está um pouco errada e nós simplesmente redefinimos isso. Uma vez feito isso, ela se torna autossustentável e você não precisa continuar dando terapia, porque o corpo tem seu equilíbrio de volta”, explicou Su Metcalfe ao jornal britânico Cambridge News.

“Não estamos usando nenhuma droga, estamos simplesmente ligando os próprios sistemas do corpo de auto-tolerância e reparo”, acrescentou a pesquisadora. Um dos elementos da pesquisa pré-clínica da doutora Su envolve o fator inibidor da leucemia (LIF): uma pequena proteína sinalizadora que age nas células-tronco do corpo.

A dra Su Metcalfe, que está próxima de encontrar a cura para a esclerose múltipla.
A dra Su Metcalfe, que está próxima de encontrar a cura para a esclerose múltipla. Foto – Cambridge News

“O [LIF] é capaz de ativar essas células, para substituir as células danificadas durante o reparo do tecido – por exemplo, o reparo de um músculo rasgado”, explica Su. “Outro papel importante do LIF é manter um sistema nervoso central saudável, protegendo os nervos e mantendo a mielina”, acrescenta.

História

Su Metcalfe fundou, em 2013, a empresa Cambridge LIF-NanoRx para aprofundar a pesquisa. Sua ideia era guiar uma dose medida das minúsculas partículas especializadas até os nervos danificados e repará-los. No entanto, quando as partículas LIF foram implantadas como um agente terapêutico, ela descobriu que o corpo quebrou LIF após 20 minutos.

Eles são tão minúsculos, explica a pesquisadora, que a área da superfície é muito maior do que a massa. Suas propriedades e tamanho especiais os tornam especialmente adequados para administrar terapias no interior das células. A doutora Metcalfe produziu nanopartículas usando o mesmo tipo de material que os pontos de dissolução.

Ela combinou essas nanopartículas com a proteína LIF para prolongar a vida útil do agente de reparo no corpo – e até agora, seu teste foi muito bem-sucedido. Não só o LIF tem tempo para alcançar as áreas danificadas como as nanopartículas acabam se dissolvendo dentro do corpo, deixando apenas dióxido de carbono e água.

Outros benefícios

Isso significa que o tratamento “duplo golpe” de Metcalfe pode reverter a autoimunidade ao mesmo tempo em que repara o dano que causou no cérebro de um paciente. Apesar de a pesquisa ter sido focada na esclerose múltipla, a doutora acredita que sua descoberta pode ser ajustada para curar outras doenças, como o diabetes, a psoríase e até mesmo demência, como Parkinson e Alzheimer. 

A expectativa da pesquisadora é que haja interesse de empresas farmacêuticas e investidores privados em financiar o projeto, para que os testes em humanos comecem em 2020.

Com informações do  Cambridge News.

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