Nariz eletrônico consegue detectar Covid em 80 segundos

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Nariz eletrônico feito em Israel promete detectar covid em 80 segundos. Imagem - Pixabay
Nariz eletrônico feito em Israel promete detectar covid em 80 segundos. Imagem - Pixabay

Cientistas de Israel conseguiram desenvolver um nariz eletrônico, impresso em 3D, que é capaz de detectar a Covid-19 em apenas 80 segundos, pouco mais de um minuto. A descoberta abre caminho para a realização de testes em massa em todo o mundo.

A testagem, de acordo com especialistas, é uma das principais armas para o controle da doença. De acordo com o professor Noam Sobel, do Instituto Weizmann de Ciência em Rehovot, Israel, explicou, toda doença tem um odor e ele pode ser detectado.

“Toda doença tem um odor porque altera os processos metabólicos. Os metabólitos têm um cheiro”, explicou o professor. Em alguns países, cães estão sendo usados para detectar a covid-19, mas de forma mais restrita. Mas em grande escala, o uso dos cães é inviável.

Técnico realiza teste em voluntário para detectar covid com nariz eletrônico
Técnico realiza teste em voluntário para detectar covid com nariz eletrônico

Uso amplo

De acordo com os cientistas, o nariz eletrônico poderá ser usado aeroportos, escritórios, fábricas, áreas para grandes eventos e até mesmo em campos de futebol – o que pode acelerar a volta das torcidas aos estádios.

Com o diagnóstico rápido, as escolas poderão voltar a receber alunos, as empresas os seus funcionários, reuniões poderão ser feitas minimizando os riscos e até as viagens serão feitas com maior frequência.

Batizado de Pen3, o nariz eletrônico foi “treinado” para identificar os chamados compostos orgânicos voláteis (COV) na passagem nasal interna, ao invés da respiração. Nos primeiros testes, feitos com 503 pessoas, o índice de acerto foi de 94%.

Instituto de Ciência Weizmann

Esses 503 voluntários foram escolhidos num posto de vacinação de Tel Aviv que funcionava no esquema de drive-thru. O equipamento possui uma unidade de gás e uma série de sensores. Uma válvula de amostragem conectada ao software se encaixa perfeitamente na narina.

Para que os voluntários não precisassem deixar os seus carros, um elevador elétrico levou o equipamento até o nível da janela do veículos.

“Quando um composto interage com os sensores, isso resulta em uma troca de oxigênio que leva a uma mudança na condutividade elétrica”, explica o professor Sobel. Cada pessoa segurou a válvula na narina por cerca de 80 segundos, respirando apenas pela boca.

Na sequência, o voluntário era encaminhado para a realização de um teste PCR, para comparar com o resultado encontrado pelo nariz eletrônico. Nessa comparação é que foi constatado o índice de 94% de acerto do novo equipamento.

“Foi um tiro no escuro, mas o retorno será tão grande”, comemorou o professor Sobel. O equipamento poderá fornecer diagnósticos eficazes em tempo real em locais como aeroportos, locais de trabalho e eventos culturais, ajudando a acelerar a recuperação social e econômica . De fato, são notícias promissoras”, acrescentou o professor.

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