Pior da pandemia no Brasil já passou, diz infectologista

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O pior da pandemia do novo coronavírus no Brasil já passou. É o que afirma o infectologista Júlio Croda, que é pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo ele, o país saiu do platô no número de mortes e a tendência, agora, é de queda.

“Acredito que a gente já passou pelo pior momento da pandemia. Depois de mais de 90 dias em torno de mil mortes diárias, temos a média móvel de mortos e casos mostrando uma queda, então a gente saiu desse platô”, afirmou o infectologista em entrevista ao canal de TV CNN Brasil.

O Brasil é o segundo país do número de mortes por conta da Covid-19, já se aproximando dos 120 mil óbitos, atrás apenas dos Estados Unidos, com quase 180 mil vidas perdidas pela doença. Apesar da tendência de queda em território brasileiro, o que é uma boa notícia, não dá para relaxar e voltar a ter uma vida normal. “Ainda teremos muitos que adoecerão pela Covid-19″, diz Júlio Croda.

Infectologista Júlio Croda, da Fiocruz. Foto - Agência Brasil
Infectologista Júlio Croda, da Fiocruz. Foto – Agência Brasil

De acordo com o infectologista, essa tendência de queda possivelmente vai ser observada nas próximas semanas.

“A vida normal, como vivíamos no passado, só após a vacina, então só a partir de 2021″, disse Croda na entrevista para a CNN. “Tem gente que estima que seja só a partir do segundo semestre, porque o primeiro será dedicado à produção, distribuição e vacinação de grupos de risco”, acrescentou, ressaltando que os brasileiros vão ter que viver um bom tempo com as medidas preventivas.

Vacinas

Há grande expectativa de que uma parte da população brasileira, que integra o chamado grupo de risco para a Covid-19, como idosos e pessoas com doenças crônicas, seja vacinada a partir de dezembro com as vacinas da Universidade de Oxford, do Reino Unido, e da chinesa Sinovac.

Ambas estão na última fase de testes com voluntários brasileiros. A vacina de Oxford estão sendo testada em 5 mil pessoas no país, enquanto a chinesa está sendo aplicada em 9 mil voluntários. A previsão é que essa fase de testes esteja concluída até outubro e que ambas sejam registradas para dar início ao processo de imunização no último mês do ano.

Da vacina de Oxford, caso os testes confirmem sua eficácia e segurança, o Brasil deve receber 30 milhões de doses e da chinesa 45 milhões de doses, ambas até dezembro. No primeiro semestre do próximo ano o país teria mais 70 milhões de doses da vacina inglesa, possivelmente fabricadas pela Fiocruz, e mais 75 milhões de doses da Coronavac, a chinesa, que será fabricada pelo Instituto Butantan.

O governo de São Paulo, que controla o Butantan, está fazendo uma campanha para arrecadar R$ 130 milhões para que o instituto tenha capacidade de produzir, em 2021, mais 120 milhões de doses da vacina. Ao mesmo tempo, o governo paulista está pedindo ao governo federal R$ 1,9 bilhão, mesma quantia que a União repassou para a Fiocruz viabilizar a vacina da Universidade de Oxford.

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