A corrida do Brasil em busca da vacina contra a Covid-19

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Imagem de HeungSoon - Pixabay
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O Instituto Butantan, de São Paulo, e o laboratório chinês Sinovac Biotech firmaram uma parceria para a produção de uma vacina para a covid-19, que prevê testes em nove mil voluntários brasileiros. As testagens começarão a ser feitas em julho e, se tudo correr como o previsto, o Brasil pode ter a medicação disponível no primeiro semestre de 2021.

“Comprovada a eficácia e a segurança da vacina, o Instituto Butantan terá o domínio da tecnologia e a vacina poderá ser produzida em larga escala no Brasil para fornecimento ao SUS de forma gratuita até junho de 2021“, informou o governador de São Paulo, João Dória, ao anunciar a parceria com o laboratório chinês.

O medicamento em estudo pela Sinovac já passou pelas fases 1 e 2, tendo sido testada em quase mil voluntários na China. A terceira fase, que prevê um numero maior de testes, será feita em no Brasil, um dos países mais afetados pela pandemia do coronavírus.

“Esta vacina é nossa esperança e nossa fé“, assinalou o governador. Mas essa não é a única alternativa do Brasil para ter garantida a imunização contra o novo coronavírus. O país está em negociação com produtores da vacina que está sendo desenvolvida na Universidade de Oxford, no Reino Unido, que é, por enquanto, a mais promissoras entre as que estão mais avançadas.

Dois mil voluntários brasileiros vão participar da terceira fase do desenvolvimento da vacina de Oxford, que vai testar 10 mil pessoas em todo o mundo. Os pesquisadores acreditam que os testes estarão concluídos em agosto e esperam que em setembro recebam autorização do governo do Reino Unido para a produção em larga escala.

Pelas tratativas, o Brasil produziria a vacina não somente para o mercado interno, mas também para abastecer os países da América Latina. A AstraZeneca, a empresa farmacêutica que desenvolve o medicamento em parceria com a Universidade de Oxford, anunciou que já fechou acordos internacionais para a produção de 1,7 bilhão de doses e segue em busca de novos parceiros.

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A AstraZeneca, a farmacêutica que desenvolve o medicamento em parceria com a Universidade de Oxford, fez acordos internacionais para a produção de 1,7 bilhão de doses. Mas a meta é produzir 2 bilhões de doses e é nessa brecha que existe a possibilidade de acordo para que a vacina seja produzida no Brasil – no Instituto Butantan ou na Fiocruz.

Mas além desses entendimentos com governos e empresas estrangeiras, o Brasil está também desenvolvendo a sua própria vacina. Ela está sendo conduzida por pesquisadores da Universidade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e, em breve, ela começará a ser testada em animais. Expectativas mais otimistas dão conta de que ela também possa estar disponível para os brasileiros em 2021.

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