Cientista mineira ganha bolsa para estudar o coronavírus

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Isabela Lemos, que faz doutorado na Universidade Federal de Uberlândia, recebe bolsa para pesquisar novo coronavírus. Foto - UFU-Divulgação
Isabela Lemos, que faz doutorado na Universidade Federal de Uberlândia, recebe bolsa para pesquisar novo coronavírus. Foto - UFU-Divulgação

A cientista Isabela Lemos de Lima, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Genética e Bioquímica do Instituto de Biotecnologia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), é um dos sete pesquisadores brasileiros selecionados para receber uma bolsa de um organismo internacional para estudar a Covid-19.

Os brasileiros vão participar de um programa da Dimensions Sciences, uma organização não governamental sem fins lucrativos com sede nos Estados Unidos, criada pela brasileira Marcia Fournier, executiva na área de biotecnologia que mora em Washington. Os pesquisadores vão trabalhar em centros de quatro estados brasileiros.

“Eu fiquei imensamente feliz em ser escolhida, principalmente por serem poucas bolsas. E também em poder ajudar nesse momento tão difícil que o mundo vem enfrentando. Acho que todo mundo que trabalha com pesquisa quer que seu trabalho ajude a sociedade e seja aplicado de uma forma prática. E essa é uma grande oportunidade”, comemorou Isabela.

A doutorando integra a equipe de pesquisa da Universidade de Uberlândia que trabalha na criação de um sensor eletroquímico para diagnósticos de Covid-19, além de participar da força-tarefa da universidade contra o coronavírus com o diagnóstico de pacientes da cidade de Uberlândia e da região.

A cientista ainda tem tempo para integrar uma equipe que pesquisa um novo diagnóstico que diferencia a Covid-19 de outras síndromes gripais, como as influenzas, outros coronavírus e o adenovírus, por exemplo. Graduada em Biotecnologia, fez mestrado em Genética e Bioquímica e agora faz seu doutorado. E como sobrou um tempinho, ela decidiu fazer uma graduação em Biologia.

Os sete cientistas brasileiros selecionados para estudar o coronavírus. Imagem - Redes Sociais
Os sete cientistas brasileiros selecionados para estudar o coronavírus. Imagem – Redes Sociais

Problemas científicos desafiadores

Os outros cientistas brasileiros selecionados foram: Rômulo Leão Silva Reis, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Gláucia Rigotto Caruso, do Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto, Juliana Gularte, da Universidade Feevale, Lilian Cristina Russo, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), Ítalo A. Castro, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, e Leonardo Schultz, do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Cada bolsista receberá o total de R$ 6.500 por um período de três meses, a partir do dia 15 de maio de 2020. Além disso, eles contarão com o suporte da Dimensions Sciences para seu desenvolvimento profissional e pessoal dentro de um programa de mentoria.

A Dimensions Sciences é uma organização nova formada em novembro de 2019 nos Estados Unidos com a missão de investir em soluções para problemas científicos desafiadores, como o novo coronavírus. Sua fundadora, Marcia Fournier, é brasileira residente em Washington, com 20 anos de experiência em pesquisas inovadoras na área da saúde.

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Com assessoria de comunicação da UFU e Agência Fapesp

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