Filme “A Mula” discute perdão e velhice

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A Mula está em cartaz

Quem gosta de ir ao cinema e já não é mais adolescente tem dificuldade de encontrar um filme adulto na programação. Hoje, as salas são tomadas por produções de super-heróis, aventuras recheadas de efeitos especiais e comédias rasas.

Se o fã de cinema mora em uma cidade que não possui salas de rua, que normalmente exibem filmes de arte ou com temas mais profundos, então a situação piora. Nesse caso, resta torcer para os cinemas de shoppings incluírem alguma obra que fuja da temática infantojuvenil.

É o caso de “A Mula”, que entrou em cartaz no dia 14 de fevereiro. Dirigido e protagonizado por Clint Eastwood, é direcionado para quem gosta de um bom filme, com roteiro inteligente e que desperta pensamentos.

A história de “A Mula” ainda discute temas importantes, como redenção e perdão.

Solidão e egoísmo

Eastwood vive Earl, um homem que cultivava lírios e ganhava prêmios por suas flores. Sempre foi o centro das atenções, e por isso deixou a família em segundo lugar. Perdeu datas importantes, como o casamento da filha, porque preferiu comemorar uma vitória com amigos em um bar.

Como praticamente todo negócio que chegou aos anos 2000, a venda de flores de Earl faliu pois ele não se adaptou à internet. Sem casa, tenta cria uma confusão com a ex-mulher e sua filha, quando uma oportunidade cai em seu colo: transportar malas para o Texas.

Ele se faz de ingênuo e mostra que não se importa em saber o que carrega. Usa o fato de ser idoso, com quase 90 anos, para demonstrar inocência. Mas seu personagem revela em olhares e decisões que é mais forte do que os outros imaginam.

Até que um dia resolve abrir a mala e comprova o que nó íntimo já sabia: estava transportando drogas para um cartel mexicano.

Ele ignora o risco e faz uma fortuna até que começa a ser investigado pelo DEA, o departamento de drogas dos Estados Unidos. Neste momento, sua vida já mudou ao ponto de ter que buscar a redenção com sua família.

Cuidado com a velhice

O filme discute ainda como a velhice é uma questão que precisa ser encarada com seriedade. Aos 90 anos, Earl não se preparou para essa fase, vivia o momento como se fosse o último e gastou tudo o que tinha.

Quando precisou, não tinha reservas. Como desprezou as relações familiares, também não tinha apoio. Precisou fazer o que não queria.

“A Mula” é baseado em uma história real e merece a atenção de todo fã do bom cinema.

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