Um domingo serve para a gente comer ovos Benedict

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Um domingo para os ovos Benedict

Não sou muito adepta a frases de efeito, principalmente quando elas são escritas por “gurus de algo”. No entanto, Jim Rohn disse uma vez: “Você é a média das cinco pessoas com quem mais convive”. Em tempos em que o ódio e a irracionalidade vêm tomando conta de boa parte das conversas no país, reservei alguns minutos do meu domingo para entender que tipo de média eu sou.

Às 15h, meu compadre tocou a campainha. Eu estava entregue a um filme nacional… Netflix faz isso com a gente. Tínhamos uma reunião de negócios e eu, distraída com o filme, não vi o tempo passar. Bryan é daquelas pessoas com uma história de vida incrível. Americano, pai de três filhos. Dois nasceram lá e um aqui. Trabalha há tanto tempo na cozinha que não sei se ainda tem memória da vida antes dela. Assim como eu, já fez de um tudo nessa vida.

Acertamos os passos do Cozinhas Gerais e fomos para nosso bunker — Lelil’s house. Aquele lugar na Terra onde as inseguranças se dissipam, as crianças são engraçadas e geniais e absolutamente tudo tem um gosto diferente, ou porque estamos cozinhando juntos ou porque estamos aproveitando mais uma oportunidade de estarmos próximos.

Estávamos todos ansiosos para ver o resultado da defumação da semana. Helil e Bryan estão engajados numa proposta de produtos artesanais fenomenal. Linguiças curadas, presuntos e o melhor bacon que você verá na vida.

O bacon produzido artesanalmente

Não bastassem essas iguarias incríveis, Helil havia preparado um pão sourdough, segundo ele, um teste. Prefiro deixar a crítica para os olhos de vocês, eu estava mais atenta em comer naquele momento.

O pão sourdough feito pelo Helil

Agora, a cereja do Sundae, o ápice, o momento “delicinha” ainda estava por vir: ovos Benedict. Perdi a compostura e lambi o prato. É inaceitável desperdiçar molho hollandaise.

Enquanto isso, Letícia, Paula e eu curtíamos o domingo, exorcizávamos nossos demônios políticos, Giu corria pleno seus 6 km diários e Ana e Alf se recuperavam da corrida matinal. Bem, Isa e Júlia aproveitavam a piscina e o baby crescia nutrido de amor e comida boa!

Lorena, Janaína, Gustavo, Emanuel, Isis e Davi deixavam suas ausências sentidas. Lorena, esse ovo tinha cara daquele nosso último encontro.

É! Analisando assim, acredito que sou uma média de altíssimo valor. Pessoas comuns, talentosas, triviais e que sabem amar e ser amadas como poucos. Ainda que o caos tome conta, ainda que o país se despedace nesse ódio infantil, sempre haverá nosso bunker. Sigamos juntos por essa semana caótica!

Meus sinceros desejos de um país pacífico, onde as pessoas sejam respeitadas apenas por serem gente. Onde o meu CEP não determine meu futuro, meu gênero não me aprisione, minha cor não me segregue e as pessoas entendam que gerar um filho não é um peso financeiro para uma empresa, mas a garantia de um futuro de país!

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Ficaram curiosos sobre os produtos do Helil e do Bryan? Manda um e-mail para gente que passamos todos os contatos e detalhes: cozinhasgerais@gmail.com. Acompanhem nossas redes sociais. Estamos no Facebook e Instagram!

Quer ler as outras crônicas da Marina? Então visita a página do Cozinhas Gerais!

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