O Ministério da Saúde decidiu que todas as vacinas contra a Covid-19 armazenadas pelos estados e municípios para garantir a aplicação da segunda dose devem ser usadas imediatamente como primeira dose. Significa que a vacinação, que ocorre de forma lenta por falta de imunizantes, será acelerada.
O governo mudou a orientação porque tanto a Fiocruz, que está produzindo a vacina de Oxford, quanto o Butantan, que produz a Coronavac, estão conseguindo aumentar a produção. No último sábado, o Ministério da Saúde anunciou a distribuição de mais 5 milhões de doses de imunizantes contra a Covid.
Todas elas serão usadas para aplicar a primeira dose, o que vale dizer que mais 5 milhões de brasileiros vão receber a vacina, provavelmente ainda neste mês. Anteriormente, a determinação era que metade precisaria ser armazenada para garantir a aplicação da segunda dose.
Desde que a vacinação começou, em 17 de janeiro, foram vacinadas pouco mais de 11,7 milhões de pessoas, algo como 5,5% da população do país. Embora não seja um número oficial, a estimativa é que estados e municípios têm, em estoque, cerca de 10 milhões de doses. Significa dizer que mais pessoas serão vacinadas mais rapidamente.
45 milhões de doses em abril
Ainda neste mês de março, só a Fiocruz promete entregar ao Ministério da Saúde mais 3,8 milhões de doses. Entretanto, a partir de abril, a produção diária será acelerada, algo como 1 milhão de doses por dia. O instituto informa que em abril vai entregar mais 30 milhões de doses. E a produção diária deverá se manter nesse patamar nos próximos meses.
O Butantan, que deve encerrar março com uma produção de 23,3 milhões de doses, promete entregar mais 15,7 milhões de doses no mês de abril. A quantidade de imunizantes da Fiocruz e do Butantan para o próximo mês soma 45,7 milhões de doses.
O programa nacional de imunização tem condições de aplicar 2 milhões de doses de vacinas por dia em todo o país. Portanto, o número de vacinados no mês de abril pode dar um salto extraordinário.
