“Coronavac é a vacina para Covid mais segura do mundo”

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Imagem de fernando zhiminaicela - Pixabay
Imagem de Fernando Zhiminaicela - Pixabay

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou hoje, ao anunciar resultados de testes com cerca de 12 mil voluntários brasileiros, que a vacina Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, “é a mais segura do mundo”

Nos 12 mil voluntários, segundo Dimas, 35% tiveram algum efeito colateral, embora nenhum considerado de grande gravidade. No caso dos efeitos colaterais de Grau 3, que são os mais importantes quando se avalia uma vacina, não foi registrado nenhum caso no imunizante testado pelo Butantan.

Outra reação adversa que é considerada importante nos estudos de uma vacina é a febre. No caso dos voluntários que receberam a Coronavac, apenas 0,1% teve febre. E não foi registrado nenhum caso de pessoas que tiveram febre acima de 38,5º, o que é também outro indicativo importante nas pesquisas de vacinas.

A Coronavac, nos testes em voluntários brasileiros, produziu anticorpos capazes de neutralizar o coronavírus em 93,4% em que recebeu a primeira dose da vacina, percentual que subiu para 98% quando foi aplicada a segunda dose.

Os testes com a vacina chinesa continuam e a próxima etapa é confirmar sua a eficácia. Para que uma vacina seja aprovada, ela precisa ser eficaz em pelo menos 50% do casos. Ou seja, se ela for aplicada em 100 pessoas, pelo menos 50 delas precisam ser imunizadas contra o vírus.

Não há ainda definição de quando os resultados dos testes para confirmar a eficácia da Coronavac serão divulgados. Mas a expectativa continua sendo a mesma, ou seja, de aprovação até o final do ano e início do processo de vacinação para profissionais de saúde idosos em 15 de dezembro.

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan. Foto - Governo de SP
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan. Foto – Governo de SP

Vacinação em massa

Os testes com a Coronavac começaram no dia 21 de julho, sob a coordenação do Instituto Butantan. Sete estados brasileiros, entre eles Minas Gerais, participaram das testagens por meio de 16 instituições de pesquisas. Em Minas, um total de 800 voluntários foram selecionados pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), responsável pelos testes no Estado

A intenção, inicialmente, era testar a vacina em 9 mil voluntários, mas o número passou de 12 mil e deve chegar a 13 mil. Ainda este ano, o governo de São Paulo vai receber 6 milhões de doses da Coronavac. Assim que o medicamento for liberado pela Anvisa, o instituto vai produzir mais 40 milhões de doses.

Até fevereiro de 2021, São Paulo terá 60 milhões de doses da vacina chinesa. A previsão é que a população do Estado estará vacinada até março.

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