Primeiro país do mundo a registrar uma vacina contra a Covid-19, a Rússia acaba de anunciar que aprovou um medicamento, chamado Coronavir, para pacientes com infecções brandas e moderadas do novo coronavírus. O remédio começará a ser vendido nas farmácias russas na próxima semana.
O coronavir está sendo fabricado pela farmacêutica R-Pharm e tem como base o favipiravir, que foi desenvolvido no Japão e lá é usado amplamente para tratamentos virais. O governo russo já havia aprovado um outro medicamento também com base no favipiravir, o Avifavir, mas que vem sendo usado desde junho apenas em hospitais.
Segundo informações de autoridades de saúde russas, na fase de testes, nos primeiros quatro dias de tratamento com o Avifavir, 65% dos 40 pacientes que tomaram o remédio apresentaram resultado negativo para o Covid-19. No décimo dia, a porcentagem de pacientes com resultado negativo aumentou para 90%.
A R-Pharm informa que recebeu aprovação para fabricar o Coronavir após testes clínicos de estágio avançado com 168 pacientes com covid-19. Apesar de a comunidade científica considerar que esse universo é pequeno, a farmacêutica diz que está se preparando para a venda do remédio em larga escala.
Desenvolvido no Japão
O Avifavir, conhecido genericamente como Favipiravir, foi desenvolvido pela primeira vez no final dos anos 90 por uma empresa japonesa, que mais tarde foi comprada pela Fujifilm, quando ela entrou para o setor de saúde. Os cientistas russos teriam feito mudanças no medicamento para aprimorá-lo.
No Japão, a mesma droga está sendo testada, mas com o nome de Avigan. O medicamento ainda não foi aprovado por lá, mas o governo japonês está investindo US$ 128 milhões (o equivalente a R$ 700 milhões) nas pesquisas, apostando nos resultados promissores do seu uso para tratar a Covid-19.
Remdesivir
Nos Estados Unidos, foi aprovada uma autorização de uso emergencial do remédio Remdesivir, antiviral usado no tratamento do Ebola, para tratar pacientes com covid-19. Esse medicamento já está sendo amplamente usado em vários países do mundo, inclusive no Brasil.
A agência reguladora de saúde europeia também aprovou ontem (18-09) o uso do esteroide dexametasona para o tratamento de pacientes com Covid-19.
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