Brasil pode ser primeiro país a usar vacina contra Covid-19

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Vacina da chinesa Sinovac começou a ser testada em 9 mil voluntários brasileiros. Foto - Sinovac - Divulgação
Vacina da chinesa Sinovac começou a ser testada em 9 mil voluntários brasileiros. Foto - Sinovac - Divulgação

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou, ao dar início à fase 3 dos testes da vacina do laboratório chinês Sinovac contra a Covid-19, que o Brasil pode ser o primeiro país do mundo a usar um imunizante em grande escala para combater o coronavírus. O Butantan é o responsável por conduzir no país os testes da vacina com 9 mil voluntários.

A médica Stefania Teixeira Porto, de 27 anos, que trabalha no Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo, foi a primeira voluntária a receber na manhã de hoje (21-06) a vacina chinesa.

“Estou contente de participar dessa experiência. É um momento único e histórico. É uma injeção de ânimo poder participar e contar para as pessoas no futuro que eu fiz parte disso”, afirmou a médica.

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan - Foto - Governo de SP
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan – Foto – Governo de SP

Além da médica, outros 890 profissionais de saúde voluntários do HC vão receber o imunizante. Os testes serão também realizados em 12 centros de pesquisa em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Distrito Federal. Nestes centros, as testagens vão começar até o final da semana.

De acordo com Dimas Covas, a expectativa é que os testes com os 9 mil voluntários sejam concluídos em setembro. “É um tempo relativamente curto, em se tratando de 9 mil voluntários, mas a urgência da situação nos indica que seria prudente que se fizesse isso o mais rapidamente possível para podermos ter os resultados e o oferecimento do registro dessa vacina antes do fim do ano”, explicou Covas.

120 milhões de doses

Pelo acordo que o Instituto Butantan fez com o laboratório chinês, o Brasil vai receber, em setembro, 120 milhões de doses da vacina. Comprovada a segurança e a eficácia do remédio, essa quantidade será suficiente para vacinar, provavelmente ainda este ano, 60 milhões de pessoas, uma vez que cada pessoa precisa receber duas doses.

A partir do próximo ano, o Instituto Butantan prevê produzir mais 100 milhões de doses. Mas Covas disse que estão sendo estudadas alternativas para que sejam produzidas vacinas suficientes para imunizar toda a população brasileira.

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