Russia pode ser primeiro país a ter vacina contra Covid

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A Rússia pode se tornar o primeiro país do mundo a ter, muito em breve, a vacina contra a Covid-19 distribuída à população. De acordo com o Centro Nacional de Pesquisa para Epidemiologia e Microbiologia Gamalei, do governo russo, a previsão é que o imunizante comece a ser distribuído entre 12 e 24 de agosto.

Os testes em humanos com a vacina russa começaram no dia 18 de junho, quando o primeiro grupo, de 18 voluntários, recebeu a imunização. Cinco dias depois, no dia 23, mais 20 pessoas receberam a dose, também deste tipo.

Todos os voluntários passaram 28 dias isolados para protegê-los da exposição a outras infecções. Os testes mostraram que eles formaram uma resposta imune após as injeções e não desenvolveram nenhuma reação severa.

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Alguns dos pacientes tiveram apenas dores de cabeça e uma temperatura corporal elevada, que desapareceu 24 horas depois. A vacina foi também testada em 50 soldados (45 homens e 5 mulheres), por meio de uma parceria feita com o Ministério da Defesa russo.

“A pesquisa foi concluída e provou que a vacina é segura“, disse Yelena Smolyarchuk, chefe do centro de pesquisas clínicas da Universidade Sechenov. Segundo ela, os voluntários receberão alta nos dias 15 e 20 deste mês, mas permanecerão sob supervisão médica em regime ambulatorial.

Se cumprir a promessa, a Rússia estará batendo um recorde mundial ao conseguir produzir uma vacina em pouco mais de dois meses. Pelo que se sabe, o imunizante russo não passou pela fase 3, quando o remédio é testado num grande número de pessoas, para comprovar sua eficácia e segurança.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins (EUA), a Rússia é o quarto país do mundo em número de infecções pelo novo coronavírus. São, até o momento, cerca de 733 mil casos de infectados e aproximadamente 11.500 mortes.

Remédio

Em meados de junho, o governo russo anunciou que estava disponibilizando na rede pública de saúde o antiviral Avifavir, que mostrou bons resultados nos tratamentos de pacientes com a Covid-19 no país. De acordo com as autoridades de saúde russas, o medicamento, aprovado pelo Ministério da Saúde, acelera a recuperação dos doentes.

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