Dezembro Laranja alerta para exposição excessiva ao sol

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Dezembro Laranja pede cuidados com a pele

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lançou no início do mês a campanha Dezembro Laranja. O objetivo é estimular a população para a prevenção e o diagnóstico do câncer de pele, o mais comum no Brasil. Em 2018, o tema da campanha é “Se exponha, mas não se queime”. As ações da campanha incluem iluminação de monumentos, iniciativas de conscientização em praias e parques com distribuição de filtro solar, entre outras.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, 30% de todos os tumores malignos do Brasil correspondem ao câncer de pele. Para o biênio 2018-2019, a estimativa é de 165 mil novos casos de câncer de pele não melanoma — uma redução de 10 mil casos em relação ao biênio anterior. A expectativa é que a doença acometa mais homens (85 mil) do que mulheres (80 mil).

Segundo a SBD, de dezembro deste ano a março de 2019, durante todo o verão, serão promovidas ações e atividades de informação na internet, ruas, praias e parques. As recomendações básicas incluem a adoção de medidas fotoprotetoras, como evitar os horários de maior incidência solar (das 10h às 16h), utilizar chapéus de abas largas, óculos de sol com proteção UV e roupas que cubram boa parte do corpo, procurar locais de sombra e manter hidratação corporal. É necessário ainda usar protetor solar com fator 30 (no mínimo) diariamente, reaplicando a cada duas a três horas ou depois de longos períodos na água.

De acordo com o médico dermatologista da SBD, Curt Treu, existem diferentes tipos da doença que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular (chamados de câncer não melanoma). O terceiro tipo é o melanoma, mais agressivo e letal.

“Se diagnosticado precocemente, o paciente pode ter uma chance de cura superior a 90%. Normalmente, o tratamento é cirúrgico, removendo a lesão com uma margem de segurança adequada. Para alguns tipos iniciais e superficiais, há outros tratamentos não cirúrgicos, como uma curetagem, uma crioterapia (com nitrogênio líquido) ou fotodinâmica, no qual é usado um medicamento absorvido pelo tumor e em seguida é colocada uma luz específica que queima o tumor”, disse Treu.

Exposição excessiva

Em todos os tipos de câncer de pele a principal causa é a exposição excessiva ao sol. O câncer de pele pode aparecer como uma mancha ou pinta de cor castanha a escura, como um nódulo avermelhado, cor da pele e brilhoso, ou como uma ferida nova que não cicatriza, ou que machuca até mesmo com a passada de uma toalha.

Segundo Treu, existe uma regra, chamada pelos dermatologistas de ABCDE, que ajuda a avaliar se a lesão sinaliza um possível câncer de pele. Quando há assimetria e metade da pinta não combina com a outra metade, com formato e cor diferentes; bordas irregulares, dentadas, com sulcos ou interrupções abruptas na cor; cor diferente em toda pinta, quando muito escuras podem indicar malignidade; diâmetro, quando a lesão cresce rápido e ultrapassa os seis milímetros; e a evolução da pinta em curto período de tempo, normalmente de um a três meses.

“Os fatores genéticos também podem causar o câncer de pele, mas o principal fator é a exposição aos raios ultravioleta. As pessoas muito claras, loiras ou ruivas de olhos claros, são as mais propensas a ter a doença. Também aquelas que tiveram intensa exposição acumulada ao sol, com atividades de trabalho ou recreacionais no sol.”

A SBD alerta ainda para a necessidade de proteção mesmo em dias nublados, além de consultas regulares ao dermatologista. É importante ainda examinar os familiares, porque as lesões podem aparecer em locais impossíveis de ver sozinho.

O Dezembro Laranja sucede outras duas campanhas relacionadas ao combate ao câncer: o Outubro Rosa, que trata do câncer de mama, e o Novembro Azul, focado no câncer de próstata.

Com informações da Agência Brasil

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