O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que espera vacinar 50% dos brasileiros contra a Covid-19 até junho e os outros 50% até o mês de dezembro. O Brasil é um dos países mais afetados pelo novo coronavírus em todo o mundo, com mais de 230 mil mortes pela doença.
“Vamos vacinar o país em 2021, 50% até junho e 50% até dezembro. Esse é o nosso desafio, o que estamos buscando e o que vamos fazer”, afirmou o ministro em depoimento no Senado.
A vacinação no Brasil começou no dia 17 de janeiro, em São Paulo, mas ainda ocorre de forma lenta, pois faltam vacinas. Até o momento, foram vacinadas 4,4 milhões de pessoas, cerca de 2,7% da população.
O ministério trabalha com o cenário de que terá, até abril, um mínimo de 90 milhões de doses das vacinas Coronavac e da Oxford/AstraZeneca, que serão suficientes para imunizar 45 milhões de pessoas. Desse montante, 46 milhões de doses serão produzidas pelo Instituto Butantan.
Já a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que está produzindo a vacina de Oxford, vai entregar 15 milhões de doses até 3 de março e mais 27 milhões no mês de abril. Somadas às 2 milhões de doses importadas da Índia, chega-se aos 90 milhões de doses.
Outras vacinas
Além dessas duas vacinas, o ministério da Saúde está conversando sobre a possibilidade de compra das vacinas da Pfizer/BioNetech, da Sputnik V, da Rússia, da Jonhson & Jonhson e da indiana Covaxin. No caso dessa última, está em negociação a compra de 20 milhões de doses, com previsão de que cheguem ao país dentro de 60 dias.
Há também em curso conversas para a compra de 10 milhões de doses da russa Sptunik V. Essa vacina será produzida no Brasil pelo laboratório União Química, que anuncia que terá capacidade de produzir 8 milhões de doses por mês.
A expectativa do ministério da Saúde é conseguir também comprar a vacina da Jonhson, que foi testada no Brasil em cerca de 7 mil voluntários. A grande vantagem desse imunizante é que, ao contrário de todos os outros que já foram aprovados, ele é o único que exige a aplicação de apenas uma dose.
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