Anvisa simplifica entrada de vacinas para Covid no Brasil

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Vacinas do consórcio Covax não precisarão de registro nem autorização de uso emergencial para serem usadas no Brasil. Foto - Tânia Rego - Agência Brasil
Vacinas do consórcio Covax não precisarão de registro nem autorização de uso emergencial para serem usadas no Brasil. Foto - Tânia Rego - Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomou medida que vai facilitar a entrada de mais vacinas contra a Clovid-19 no Brasil. Por decisão da diretoria da agência, os imunizantes que entrarem no país por meio do consórcio Covax Facility estarão dispensados de registro ou mesmo autorização para uso emergencial.

Como o país é um dos mais afetados do mundo pela Covid, a decisão da Anvisa tem como objetivo desburocratizar a chegada de mais vacinas para os brasileiros. Para tanto, vai considerar as avaliações e aprovações que forem feitas pela OMS.

“A dispensa está sustentada na avaliação que a Anvisa já faz dentro do grupo de especialistas da OMS”, explicou Meiruze Freitas, uma das diretoras da Anvisa. Segundo ela, a medida deve facilitar o acesso às vacinas do consórcio Covax, que devem ser enviadas ao país em etapas.

O consórcio Covax é uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) para facilitar o acesso global a vacinas contra a Covid e reúne mais de 190 países, inclusive o Brasil. O objetivo é garantir uma distribuição mais equitativa de vacinas, especialmente para os países mais pobres. A meta é distribuir ao menos 2 bilhões de doses para os países membros até o final do ano.

Integram o leque de vacinas do Covax Facility os imunizantes da Oxford/AstraZeneca, Pfizer/BioNTech, Johnson & Johnson, entre outros. Ao aderir ao consórcio Covax, o Brasil assegurou a compra de 42,5 milhões de doses de vacinas e uma parte dessa quantia deverá chegar ao país ainda no primeiro trimestre.

200 milhões de doses

Vacina da Universidade de Oxford é uma das que serão usadas pelo consórcio Covax,
Vacina da Universidade de Oxford é uma das que serão usadas pelo consórcio Covax

Com uma população superior a 210 milhões de habitantes, o Brasil vai precisar de milhões e milhões de doses para vacinar os brasileiros. Especialistas recomendam que sejam vacinados perto de 80% da população, o que significa algo em torno de 168 milhões de pessoas. Como as vacinas exigem a aplicação de duas doses, o país vai precisar de algo como 336 milhões de doses.

Embora a vacinação no país já tenha começado, o número de vacinados ainda é pequeno porque as doses ainda estão limitadas. O cenário deve melhorar com a intensificação da produção dos fármacos pelo Instituto Butantan (Coronavac) e Fiocruz (Oxford). Ambas trabalham para produzir 100 milhões de doses ainda no primeiro semestre, ou seja, um total de 200 milhões de doses.

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