Brasil já negocia produção de vacina contra a Covid-19

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Imagem de Pete Linforth - Pixabay
Imagem de Pete Linforth - Pixabay

O Brasil já está em negociação para ser um dos produtores da vacina contra a covid-19 que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. O medicamento será testado a partir deste mês em 2.000 brasileiros e em mais 8.000 voluntários ao redor do mundo. A expectativa é que a vacina esteja aprovada pelo governo inglês até setembro, quando será iniciada a produção em grande escala.

Pelas tratativas, o Brasil produziria a vacina não somente para o mercado interno, mas também para abastecer os países da América Latina. A AstraZeneca, a empresa farmacêutica que desenvolve o medicamento em parceria com a Universidade de Oxford, anunciou que já fechou acordos internacionais para a produção de 1,7 bilhão de doses e segue em busca de novos parceiros.

Mas há, conforme a empresa, a possibilidade de produção de mais 300 milhões de doses, para que seja atingida a meta de 2 bilhões de doses. “Já há negociações com diferentes governos de diferentes países, entre eles o Brasil”, contou a infectologista brasileira Sue Ann Clemens, diretora da Iniciativa Global de Saúde da Universidade de Siena e pesquisadora da Unifesp, que está coordenando os centros de testagem da vacina no Brasil.

“Essa é uma oportunidade muito grande para o nosso país não só no campo da pesquisa clínica, mas também na produção de imunizantes”, acrescentou a especialista. Segundo ela, tanto o Instituto Butantã, em São Paulo, quanto a Fiocruz, no Rio, têm plena capacidade e reconhecimento internacional para produzir as vacinas necessárias não só para o Brasil como para toda a América Latina.

Uma das grandes vantagens de ter uma produção local da vacina contra a Covid é o acesso mais fácil e rápido ao imunizante. A vacina que está sendo desenvolvida em Oxford é uma das que tem boa chance de estar pronta ainda este ano.

“Passamos da fase um para a fase três em apenas dois meses”, diz imunologista brasileira Daniela Ferreira, de 37 anos, que participa do desenvolvimento da vacina na Escola de Medicina Tropical de Liverpool.

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Com Agência Estado

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