Uma excelente notícia para os amantes do café, que são milhões e milhões aqui no Brasil. Um grupo de cientistas da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, criou uma fórmula matemática que garante um resultado melhor do tradicional “expresso”. Os professores descobriram que utilizar grãos mais grossos resulta numa mistura mais saborosa, além de evitar o desperdício.
O matemático Jamie Foster, o coordenador do estudo, explicou que eles e os colegas investigaram qual a melhor maneira de maximizar o rendimento da menor quantidade possível do café.
Ficou demonstrado, segundo ele, que com o uso do grão mais grosso, nenhuma parte do coador ficou entupida, o que normalmente ocorre quando o café é moído mais fino. Resultado: uma extração mais alta dos compostos do café, sem aumentar a quantidade de grãos utilizados.
Modelo matemático
Os professores também criaram um modelo matemático do coador da máquina de café expresso, que é onde os grãos ficam. Os cálculos iniciais foram feitos com uma única partícula de café, mas, depois, eles aumentaram esse cálculo para um recipiente maior, no coador.
Diferente do que fazem os baristas, o profissional especializado em cafés de alta qualidade, que utilizam grãos mais moídos, ou seja, mais finos, o que os cientistas do Reino Unidos estão dizendo que é quanto mais grosso o grão for moído, melhor o sabor.
Além do melhor sabor, essa é também uma maneira mais eficiente de reduzir o desperdício do café por xícara. “Quando descobrimos uma maneira de fazer doses de café com eficiência, percebemos também que, além de fazer doses com a mesma confiabilidade, estávamos usando menos café”, explica o professor Foster.
Ele também garante que o processo deixa tudo mais barato. “Usamos menos grãos e somos mais gentis com o meio ambiente”, acrescenta o professor.
Na prática
A fórmula matemática criada pelos matemáticos do Reino Unido foi utilizada numa cafeteria em Oregon, nos Estados Unidos, por um ano, de 2018 a 2019. A loja economizou US$ 0,13 (R$ 0,56) por bebida. Essa soma resulta em uma economia de US$ 3.620 (R$ 15.783,20) em um ano. Terminada a experiência, o estabelecimento continuou usando o método.
“Se todos fizessem isso, seria possível economizar bilhões de dólares nas indústrias”, diz o matemático. De acordo com a Associação Britânica de Café, a descoberta pode ter um impacto no mundo real. “Um modelo matemático que aumenta a eficiência da extração do café expresso em grãos moídos é extremamente importante para as empresas de café e os varejistas”, disse um porta-voz da entidade.
Um lembrete: o Brasil é o maior produtor de café do mundo.
Com UOL
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