Especialistas elegem melhores cervejas artesanais de MG

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Minas Gerais recebeu o apelido de Bélgica brasileira por causa da grande produção de cervejas artesanais

Não bastassem produtos tradicionais altamente valorizados, a exemplo dos queijos e
das cachaças, Minas Gerais também se destaca no cenário gastronômico do país
pelas cervejas artesanais. O Estado recebeu o epíteto de “Bélgica brasileira” em
função da criatividade dos mestres-cervejeiros e pela profusão de
microcervejarias em atividade.

Em Minas, multiplicam-se cursos, escolas, fábricas, além de produtores caseiros, muitos curiosos e um mercado consumidor bem desenvolvido.

O fato é que, no mapa cervejeiro do país, Minas tem destaque garantido. Para
celebrar essa qualidade, o Boas Novas convidou três especialistas para sugerirem
rótulos excepcionais produzidos em terras mineiras. O resultado é uma lista que
indica bons caminhos e atende tanto a quem já conhece e aprecia as cervejas
artesanais quanto para quem ainda não tem tanta experiência.

Especialistas em cervejas artesanais

Para a nossa lista, convidamos a jornalista Fabiana Arreguy, uma das maiores
especialistas no assunto no país, proprietária da rádio web Pão e Cerveja, professora
da Academia Sommelier de Cerveja — além, claro, de ser jurada em concursos
nacionais e internacionais. Para ela, o apelido do Estado vem da diversidade de
estilos e sabores ofertada pelos rótulos mineiros. “Minas Gerais tem muita
variedade, sim. Cada vez mais, inclusive. Acho que o apelido está mais em cima do
que nunca!”, comenta.

Também falamos com o consultor Ronaldo Morado, que tem na bagagem uma das
principais publicações no país sobre a bebida: o “Larousse da Cerveja”. Estudioso do
setor, ele destaca que o movimento cervejeiro em Minas não é tão novo como
estamos acostumados a pensar. “A Zona da Mata abrigou várias cervejarias no final
do século 19 e ao longo do século 20 surgiram inúmeras outras, como a Kaiser, por
exemplo. Mas o movimento cervejeiro chamado de artesanal e de influência
americana chega por aqui em 1997, com a Krug, e em 1999, com a Três Lobos (hoje
Backer) e a Wäls”, diz.

Segundo o consultor, hoje, em Minas, são mais de 40 microcervejarias, das quais
cerca de 40% estão localizadas em Nova Lima, na região metropolitana de Belo
Horizonte. “Essa concentração tem sido positiva porque criou um ambiente
favorável à cooperação, ao desenvolvimento de mão de obra especializada, a
atração de novos investimentos e ao incentivo para implantação de outras indústrias
da cadeia produtiva”, avalia Morado.

Por fim, completa o time o cervejeiro do Albanos, Pablo Carvalho, mestre-
fermenteiro, sommelier de cerveja e professor, também jurado de eventos
nacionais, como o Festival Brasileiro da Cerveja de Blumenau (SC).

A ideia era a de que cada especialista indicasse três rótulos, mas Morado não
conseguiu. Teve de indicar, pelo menos, cinco. Ele explica: “Não há como escolher
apenas três, não seria justo. Gosto muito das cervejas da Küd, Falke, Krug, Capa
Preta, Backer, Wäls, Inconfidentes, apenas para citar algumas”.

RONALDO MORADO

Estes são os cinco rótulos indicados por Ronaldo Morado

Tommy Gun

  • Cervejaria: Backer
  • Estilo: Double IPA
  • Teor alcoólico: 8.4%
  • Destaque: receita colaborativa feita com a mestre-cervejeira norte-americana
    Alexandra Nowell. Leva cinco tipos de maltes

Wäls Trippel

  • Cervejaria: Wäls
  • Estilo: Belgian Strong Ale
  • Teor alcoólico: 9%
  • Destaque: elaborada com maltes, leveduras e lúpulos especiais, coentro, casca de
    laranja e outras especiarias

Kashmir

  • Cervejaria: Küd
  • Estilo: India Pale Ale (IPA)
  • Teor alcoólico: 6.8%
  • Destaque: combinação clássica de malte, lúpulo e leveduras, no estilo inglês

Falke Tripel Monasterium

  • Cervejaria: Falke Bier
  • Estilo: Belgian Tripel
  • Teor alcoólico: 9%
  • Destaque: cerveja refermentada e gaseificada na própria garrafa. Segue a receita de
    mosteiros belgas, com malte de cevada, malte de trigo e aveia

Melon Collie IPA

  • Cervejaria: Capa Preta
  • Estilo: India Pale Ale (IPA)
  • Teor alcoólico: 6,5%
  • Destaque: a receita tem como protagonista o lúpulo alemão Huell Melon, com
    notas doces

FABIANA ARREGUY

A especialista Fabiana Arreguy escolheu três rótulos de cervejas artesanais

Wäls Brut

  • Cervejaria: Wäls
  • Estilo: Bière Brut
  • Teor alcoólico: 11%
  • Destaque: fermentada na própria garrafa, conta com leveduras de champanhe

Backer Reserva do Proprietário

  • Cervejaria: Backer
  • Estilo: Old Ale
  • Teor alcoólico: 10,5%
  • Destaque: maturada por 15 meses em barris de carvalho

Krug Pretensão

  • Cervejaria: Krug Bier
  • Estilo: Wood Aged Beer
  • Teor alcoólico: 11%
  • Destaque: puro malte especial, envelhecida em carvalho francês

PABLO CARVALHO

O mestre fermenteiro Pablo Carvalho selecionou três rótulos das artesanais mineiras

Brücke Smedgård Kaimishkas

  • Cervejaria: Brücke
  • Estilo: Saison / Farmhouse
  • Teor alcoólico: 6%
  • Destaque: aveia, centeio e cevada, com combinado de ervas e especiarias regionais

Capa Preta English Pale Ale

  • Cervejaria: Capa Preta
  • Estilo: English Pale Ale
  • Teor alcoólico: 5,4%
  • Destaque: chips de carvalho acrescentados durante o preparo

Ouropretana Café Lager

  • Cervejaria: Ouropretana
  • Estilo: Coffee Beer
  • Teor alcoólico: 5,3%
  • Destaque: a composição leva café extraído a frio

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