Vai começar! O Reino Unido inicia amanhã, dia 8 de dezembro, a vacinação de sua população contra a Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, que já matou mais de 60 mil pessoas no país. A vacina a ser usada será a dos laboratórios Pfizer/BioNtech, que demonstrou eficácia de 95%.
“É um momento histórico”, celebrou o ministro da Saúde do país, Matt Hancock, ao anunciar oficialmente o início da imunização. Na primeira fase, serão vacinados profissionais de saúde, que estão na linha de frente do combate à doença, maiores de 80 anos e moradores e funcionários de casas de repouso.
A rainha Elizabeth II, de 94 anos, e o príncipe Phillip, que vai completar 100 anos, estão no grupo de prioritários, embora a imprensa inglesa assegure que eles não vão furar a fila da vacinação. Mas eles vão também atuar como uma espécie de garotos propaganda da vacina, como uma forma de incentivar as pessoas a tomarem o imunizante.
O Reino Unido comprou um lote de 40 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNtech, que serão suficientes para vacinar 20 milhões de pessoas, uma vez que são exigidas duas doses (a segunda, 21 dias após a primeira). O países que integram o Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) têm, juntos, 67 milhões de pessoas.
Vacina de Oxford
Em breve o pais deverá contar também com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca, cuja eficácia chegou a ser divulgada (atingindo 90%, com média de 70%), embora os resultados estejam em revisão.
O Reino Unido foi o primeiro país do ocidente a autorizar o uso de uma vacina contra a Covid-19 e será também o primeiro a iniciar o processo de vacinação em massa. Como o imunizante da Pfizer/BioNtech precisa ser armazenado em temperatura muito baixa (-70 graus), a vacinação ocorrerá em unidades do sistema público de saúde do país (NHS), como hospitais, por exemplo.
Para dar início ao processo, o governo recebeu 800 mil doses da vacina. Mas a intenção é vacinar, inicialmente, 1 milhão de pessoas por semana, processo que poderá ser acelerado quando estiverem disponíveis outras vacinas, como da Universidade de Oxford. Autoridades de saúde estão programando até mesmo vacinação em grandes estádios de futebol.
Vacina também na Rússia
A Rússia iniciou no último sábado a vacinação de sua população contra a Covid-19 usando a vacina Sputnik V, desenvolvida no país. O processo começou pela capital Moscou, que tem uma população de cerca de 13 milhões de habitantes. Em 70 centros espalhados pela cidade, o governo começou a vacinar, primeiro, profissionais de saúde, professores e assistentes sociais.
De acordo com informações de autoridades de saúde da Rússia, já foram vacinados no país mais de 100 mil pessoas contra a covid. Por lá, a vacinação é voluntária, mas há grande procurar pelo imunizante, uma vez que a doença já infectou quase 2,5 milhões de russos e matou mais de 43 mil.
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