Mais uma vitória: eficácia da vacina de Oxford chega a 90%

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Testes mostraram que vacina de Oxford contra covid tem eficácia que pode chegar a 90%. Foto - AstraZeneca
Testes mostraram que vacina de Oxford contra covid tem eficácia que pode chegar a 90%. Foto - AstraZeneca

Mais uma vitória da ciência e uma conquista para a humanidade. A vacina contra a Covid-19 da Universidade de Oxford, desenvolvida em parceria com o laboratório AstraZeneca, tem eficácia de até 90%. É o que mostram os resultados dos testes da fase 3 do imunizante, divulgados hoje. A vacina foi desenvolvida num prazo recorde de dez meses.

“O anúncio de hoje nos leva mais perto do momento em que poderemos usar vacinas para acabar com a devastação causada pelo coronavírus)”, celebrou Sarah Gilbert, a cientista que projetou a vacina.

A grande vantagem do imunizante de Oxford, na comparação com outros que já demonstraram grande eficácia, como é o caso da Pfizer, está no custo e no armazenamento (que pode ser feito numa geladeira comum), o que facilita a distribuição. A vacina que a Pfizer desenvolveu em parceria com o laboratório alemão BioNTech exige um armazenamento a temperaturas baixíssimas (em torno de – 70º).

O governo brasileiro fez um acordo com o laboratório AstraZeneca para a compra de 100 milhões de doses da vacina, que é suficiente para vacinar 50 milhões de pessoas, uma vez que é necessária a aplicação de duas doses. Um lote com 15 milhões de doses deve chegar ao Brasil ainda em dezembro e mais 15 milhões em janeiro do próximo ano. Essas 30 milhões de doses serão aplicadas em 15 milhões de brasileiros.

Por recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), uma vacina, para ser aprovada, precisa comprovar eficácia de no mínimo 50%. Isso significa que se ela for aplicada em 100 pessoas, pelo menos 50 delas devem ser protegidas da doença.

Brasil receberá doses em dezembro

Brasil vai receber em dezembro 15 milhões da vacina de Oxford
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No caso da vacina de Oxford, a eficácia varia, conforme os pesquisadores, de 62% a 90%. Entre 20 mil voluntários que participaram da última fase de testes (metade do Brasil e metade do Reino Unido), 30 que haviam recebido a vacina foram contaminados; entre os que tomaram apenas o placebo, 101 contraíram a doença. Por isso, os pesquisadores afirmam que o imunizante oferece, em média, proteção de 70%.

Os pesquisadores informaram que quando os voluntários foram vacinados com duas doses “altas” , a proteção foi de 62%. Já nos que receberam uma primeira dose baixa, seguida de uma segunda alta, a eficácia aumentou para 90%.

“Estamos muito satisfeitos com esses resultados”, disse o professor Andrew Pollard, o principal pesquisador do estudo, em entrevista à rede de TV BBC. Fases de testes anteriores demonstraram também que a vacina de Oxford é eficaz em todas as faixas etárias.

Os responsáveis pela vacina de Oxford informaram que terão capacidade de produzir, em 2021, 3 bilhões de doses da sua vacina, suficientes para vacinar 1,5 bilhão de pessoas. Segundo autoridades de saúde, cerca de 5 bilhões de pessoas, de uma população mundial estimada em 7 bilhões, deverão ser vacinadas contra a Covid-19.

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