Um medicamento desenvolvido pela empresa farmacêutica AstraZeneca, chamado Tagrisso (ou osimertinibe), promete revolucionar o tratamento do tipo mais comum de câncer de pulmão – classificado como câncer de pulmão de células não pequenas (NSCLC). Os ensaios clínicos com o remédio mostraram resultados sem precedentes na redução do risco de morte ou recorrência da doença em 89%.
O chefe de Oncologia Médica do Centro de Câncer de Yale,
dr. Roy S. Herbst, o principal pesquisador dos dados dos ensaios da fase três com o Tagrisso, classificou os resultados do medicamento como “transformadores para pacientes com câncer de pulmão”.
Outra excelente notícia. O medicamento já está disponível. Embora ainda esteja na fase 3 dos testes, o Tagrisso (em comprimidos de 40 mg e 80mg) já foi aprovado em 80 países, incluindo Estados Unidos, Japão, china e países da União Europeia.
Nos testes conduzidos por pesquisadores de Yale, foi constatado que após dois anos de uso do medicamento, 89% dos pacientes tratados com o Tagrisso sobreviveram e ficaram livres da doença, contra 53% no caso dos pacientes que receberam apenas um placebo (sem efeito farmacológico). Trata-se, na definição dos pesquisadores, de uma “eficácia impressionante”.
“Estamos incrivelmente empolgados com esses resultados sem precedentes em pacientes”, comemorou José Baselga, vice-presidente executivo de pesquisa e desenvolvimento de oncologia da AstraZeneca , que desenvolveu o Tagrisso. “O câncer de pulmão é um diagnóstico devastador e, pela primeira vez, um medicamento pode oferecer a esperança de cura“, acrescentou.
O câncer de pulmão é responsável pela maior parte das mortes, tanto em homens quanto em mulheres, representando um quinto de todas as mortes por câncer. Segundo os especialistas, 85% dos diagnósticos de câncer de pulmão são classificados como câncer de pulmão de células não pequenas (NSCLC), a variedade que o Tagrisso pode tratar, com resultados considerados excepcionais.
AstraZeneca e a Covid-19
A farmacêutica AstraZeneca é uma empresa sueco-britânica, que está encarregada de produzir e distribuir a vacina contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida na Universidade de Oxford, no Reino Unido, e que é uma das mais promissoras para conter a doença.
Mesmo antes de sua aprovação, a empresa vai começar a produção do medicamento no final deste mês e início de julho. A meta é produzir 2 bilhões de doses da vacina e uma parte pode ser feita no Brasil – no Instituto Butantan, em São Paulo, ou na Fiaocruz, no Rio de Janeiro.
A AstraZeneca está em negociação com o Ministério da Saúde para definir quantas doses da vacina serão fornecidas ao Brasil. As vacinas produzidas aqui vão abastecer também os países da América Latina.
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