Novos rumos na Igreja Católica. O Papa Francisco anunciou recentemente a promoção do arcebispo italiano Matteo Zupp, de 63 anos, ao posto de cardeal. Italiano, o novo cardeal incentiva “uma nova atitude pastoral junto a irmãos e irmãs LGBTs”.
E porque essa é uma boa notícia? Porque a Igreja Católica, uma instituição bastante conservadora, está se abrindo, com o Papa Francisco, para as novas composições familiares, que extrapola a tradicional união homem/mulher.
A imprensa que acompanha as informações do Vaticano lembrou que em um artigo publicado por Matteo ele afirma que a igreja precisa construir uma ponte para dialogar com a comunidade LGBT, que ele descreve como “povo de Deus”.
A decisão foi comemorada pelo movimento progressista italiano e membros da própria igreja na Itália e na União Europeia. Os progressistas acreditam que a promoção de Matteo, juntamente com outros 12 arcebispos,
sinaliza uma abertura do Papa ao diálogo com a comunidade LGBT. Francisco é conhecido por ser um ‘construtor de pontes’.
Segundo o periódico internacional católico The Tablet, o Papa tem quebrado protocolos ao nomear cardeais humildes e que, antes de tudo, trabalham longe dos holofotes.
“Quem sou eu para julgá-la”
Já o jornalista Christopher Lamb escreveu sobre a medida: “Escolher cardeais é a coisa mais próxima que um Papa tem do planejamento de sucessão e, com suas escolhas, Francisco está tentando garantir que a Igreja continue na trajetória mais progressista que ele estabeleceu para ela”.
O Papa Francisco, ao contrário da ala mais conservadora da igreja, defende que os gays também são filhos de Deus e não podem ser discriminados por sua orientação sexual. Ao retornar para o Vaticano da visita que fez ao Brasil, em 2013, o Papa deu a seguinte declaração para a jornalista Ilze Scamparini, da rede Globo:
“Se uma pessoa é gay e procura Jesus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la.”