3 relatos de viagem para aproveitar o megaferiado

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Boas Novas MG indica 3 relatos de viagem

Muita gente está fazendo contagem regressiva para o megaferiado da próxima semana. No dia 15, comemora-se o Dia da Proclamação da República, que cai numa quinta-feira. E em algumas cidades, no dia 20, é celebrado o Dia da Consciência Negra, na terça seguinte.

Quem puder emendar vai ter seis dias de folga — ou pelo menos dois dias mais tranquilos no trabalho, na sexta e na segunda.

Emendando ou não, a dica é refrescar a cabeça com uma boa leitura. A Bússola sugere três livros de relatos de viagem, que podem ser bons companheiros para quem pegar a estrada ou mesmo para quem preferir ficar acomodado no sofá de casa.

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Expresso Lunático

Este não é um livro comum de relato de viagem. Carl Hoffman resolveu fazer diferente. Nada de primeira classe, acomodações luxuosas e destinos VIPs.

Em “Expresso Lunático” (Record), o jornalista norte-americano relata como foi percorrer América Latina, Ásia e África em viagens em que buscou os meios de transporte mais perigosos para se locomover.

Jatos de fabricação cubana, rotas de embarcações que costumam afundar, ferrovias famosas por seus acidentes, a viagem de Hoffman é meticulosa: somente os caminhos mais perigosos entram no trajeto. Para o colaborador da “National Geographic Traveler”, assim é possível conhecer o mundo real.

O livro é divertido e leva o leitor a mergulhar um mundo que pouco conhecemos.

O Grande Bazar Ferroviário

A leitura de “O Grande Bazar Ferroviário” (Record) é deliciosa. O relato que Paul Theroux entrega é dos mais sensíveis, digno de um observador atento, de quem gosta de se envolver com viajantes, pessoas de outras culturas, sem ideias preconcebidas.

Theroux narra sua viagem de trem pela Ásia e pela então União Soviética. Envolve-se com variados tipos, em situações que exigem do viajante mais do que boa vontade. Sua prosa é límpida, sem excessos, quase uma conversa com o leitor.

O autor viaja de cabeça aberta, busca se misturar e participar do modo de viver estrangeiro — ainda que isso signifique alguns riscos. Nos trechos de reflexão, arranca memórias, lembranças, equilibra-se entre a melancolia, levemente doce, do seu passado e a sua realidade.

Na Patagônia

Este livro é considerado como um dos grandes relatos de viagem da literatura. Bruce Chatwin se notabilizou por narrar histórias de lugares pouco explorados por viajantes, como fez em “O Rastro dos Cantos”, obra que se passa na Austrália Central.

Em “Na Patagônia” (Companhia das Letras), ele narra sua viagem por meio de encontros com comunidades, pessoas, histórias, em capítulos curtos. Ele abre seu texto com um misto de biografia pessoal, ao lembrar de um artefato que o leva a buscar a origem da região do extremo sul-americano, e história, quando se dedica a recontar a chegada de imigrantes à Patagônia.

Chatwin recupera também passagem de Butch Cassidy pela região, personagem histórico imortalizado no filme “Butch Cassidy e Sundance Kid”, interpretados por Robert Redford e Paul Newman.

No livro, Chatwin mostra porque é sempre eleito um dos grandes narradores de viagem.

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