Lugar de mulher é na cozinha? Cozinhas Gerais diz que sim!

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Documentário discute o lugar de mulher na cozinha

Sim! Lugar de mulher é na cozinha! Como é nos laboratórios de ciência e física avançada. Os carros de Fórmula 1 também deveriam ser lugar de mulher.

Terminei de assistir a “Chef’s Table”. Das quatro temporadas e 22 episódios que vi, somente 5 falavam sobre o trabalho de mulheres: Niki Nakayama, Dominique Crenn, Ana Roš, Nancy Silverton, Christina Tosi.

Segundo informações da Elite Traveler, apenas 4,7% dos principais cozinheiros e chefs dos Estados Unidos  são mulheres, e no Reino Unido esse número não passa de 20%. Se a análise for feita considerando apenas os restaurantes de alta gastronomia, esse número despenca.

Quantas de nós fomos preteridas em restaurantes por sermos fracas, delicadas? Acho essa análise tão contraditória. Afinal, somos nós as capazes de carregar um filho no ventre, um no braço e ainda dar conta das refeições, da casa, da roupa para lavar e passar.

Sempre me pego pensando de onde vem a ideia de “sexo frágil”. Se somos capazes de usar ferramentas desde o surgimento da nossa espécie, qual o sentido de julgar nossa musculatura?

Esse questionamento não é só meu e acabo de descobrir um documentário muito interessante feito por Vérane Frédiani: “À La Recherche des Femmes Chefs” (à procura das chefs mulheres). O documentário trata da inovação feminina no universo da gastronomia.

Chefs, sous chefs, sommeliers, mixologistas. A alta gastronomia e a comida de rua foram relatadas por Vérane, mas o foco não era a comida, e sim a mudança que as mulheres provocavam por meio da comida e de suas visões sobre a comida.

Então, hoje, deixo com vocês essa provocação. Esse universo que, apesar de ser reconhecidamente um “lugar feminino”, nos pertence tão pouco.

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Para ler as crônicas e as receitas de Marina Cunha, acesse a página da coluna Cozinhas Gerais!

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