Amor sem medida e sem limite

“Uma vez tendo amado nunca mais se deixa de amar. Amar e viver são verbos sem pretérito.” Contrariando os Manuais de Redação começo esse meu trololó recorrendo a essa aspa preciosa do Mia Couto para, pela milésima vez, falar sobre o meu pai.

• Uai! Você não tem outro assunto, não? Só sabe falar sobre o seu pai.

Até tenho. Mas é que o “Velho Osvaldo” é fonte inesgotável de histórias, depositário do nosso amor sem medida. Daqui a pouco ele vai completar a sua 92° volta em torno do sol. Cansado? Nada. Pronto pra mais infinitas jornadas. Nós, felizes coadjuvantes dessa longa viagem, ficamos aqui, na plateia, só aplaudindo essa façanha histórica.

Amor resume tudo. Amor é a sua mais perfeita tradução.

Pelo Papai o que a gente sente é amor sem medidas. Pedindo licença pra “cazuzar”, somos mesmo exagerados. Amamos sem limites esse “Velho do Rio”. Até os defeitos. Quem não os tem, né mesmo? Gente perfeitinha é muito chata.

Esse nosso Highlander  – ou seria Wolverine? –  é quem conduz a nossa vida. É nosso porto seguro, é pra quem a gente sempre quer voltar, nem que seja só para dançar um bolero, um tango, ver a vida passar da varanda, passear pela horta ou para tomar um café no fim da tarde.

É o melhor parceiro para um dedo de prosa, companhia perfeita para um almoço ou um jantar em torno da nossa mesa enoooorme, tão grande e acolhedora como é o coração desse encantador de pessoas. Não por acaso,  incontáveis são os nossos amigos “adotados” por esse ser humano incomparável. Isso sem falar nos filhos dos amigos que se tornaram seus netos e bisnetos. Hoje mesmo a amiga Cidinha Santos comentou em um dos meus inúmeros posts sobre a rotina do meu “velho” Pai.

• Gosto dele. Tem uma elegância na alma.

O que mais posso dizer?

• Amo você, Papai! Você é o meu amor. E isso é definitivo