O Ministério da Saúde anunciou que, a partir de 19 de setembro, vai começar a aplicar a terceira dose da vacina contra a Covid-19 em idosos acima de 70 anos. Serão também comtempladas as pessoas imunossuprimidas (que realizaram transplante, tivera câncer, queimaduras graves, entre outros) que tomaram a segunda dose da vacina há pelo menos seis meses.
A escolha da data para iniciar a aplicação da terceira dose em pessoas idosas tem uma explicação. Até meados de setembro, acredita o ministério, toda a população adulta acima de 18 anos já terá tomado pelo menos a primeira dose do imunizante.
A necessidade de aplicação de uma dose extra das vacinas contra a Covid-19 vem sendo debatida por especialistas e pelo menos 14 países já estão adotando essa estratégia. É o caso, por exemplo, de Israel, que começou aplicar a terceira dose em pessoas acima de 50 anos.
O Chile começou a aplicar neste mês uma dose extra da vacina AstraZeneca em idosos que já receberam as duas doses da Coronavac. O nosso vizinho Uruguai também aprovou a dose de reforço do imunizante da Pfizer para pessoas que receberam duas injeções da Coronavac.
Proteção reduzida
Uma pesquisa feita no Reino Unido mostrou que a proteção após o esquema vacinal completo da Pfizer diminuiu de 88% em um mês para 74% em até seis meses. No caso da AstraZeneca, apontou o mesmo estudo, a queda foi de 77% para 67% num período de cinco meses.
O Brasil já conseguiu vacinar cerca de 60% da população adulta com pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19. Mas o percentual de pessoas que tomaram a segunda dose, fundamental para a imunização completa, ainda é baixo: próximo de 27% (estão incluídas as pessoas que tomaram a vacina da Janssen, que é de dose única).
A expectativa do Ministério da Saúde é que toda a população adulta do país esteja completamente imunizado até o final do ano.