O drama dos imigrantes que nos últimos anos têm tentado entrar em países europeus em busca de melhores condições de vida acaba de apresentar mais um capítulo. Dessa vez, entretanto, com um final feliz. Guardas civis da Espanha conseguiram salvar várias crianças que caíram no mar, durante operação que tentava mandar os imigrantes de volta ao Marrocos.
A imagem (acima) de um guarda salvando uma das crianças, divulgada pela Guarda civil da Espanha, emocionou milhares de pessoas mundo afora. A foto registra o momento exato em que o bebezinho, que aparenta ter poucos meses de vida, é resgatado pelo policial.
As crianças e um grupo de adultos foram tiradas das águas no estreito de Gibraltar, que liga o Oceano Atlântico ao Mar Mediterrâneo e separa a África da Europa. Eles tentavam entrar na Espanha por Ceuta, um território espanhol dentro do Marrocos.
Socorristas da Cruz Vermelha também participaram da operação. Todas as crianças, segundo informou a Guarda Civil espanhola, foram devolvidas para suas famílias.
Crise migratória na Europa
Nos últimos anos, o número de pessoas fugindo de seus países em direção à Europa tem atingido números alarmantes. A grande maioria decide deixar seus países de origem fugindo de conflitos, terrorismo e perseguição nos seus próprios territórios.
De acordo com dados da União Europeia, em 2019 quase 300 mil pessoas pediram asilo em algum país da região. Mais de um terço desse número vinha da Síria, país que foi devastado pela guerra. Na segunda posição aparecem cidadãos do Afeganistão, que também vive um grave conflito interno, e em terceiro a nossa vizinha Venezuela.
Muitos venezuelanos, para fugir da crise que se abate sobre o país, também estão vindo para o para o Brasil. Em todos estes países, os civis enfrentam ameaças devido a conflitos armados, violações dos direitos humanos ou perseguição.
Com informações do G1
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“Mundo se emociona com o resgate de crianças no mar” porque cada ser humano que tem uma pátria para chamar de sua e um lar para chamar de seu, é também, um pouco, pai e mãe de cada uma dessas crianças que quiséramos acolher como este ser humano superior fortemente o fez, segurando em seus braços esta vida que começa não para o naufrágio nem para as lágrimas do exílio, mas para a festa de ter nascido. Quiséramos que cada um desses bebês acreditasse que foi salvo, não para ser expatriado outra vez, não para fugir do sofrimento nem para morrer de novo. Mas para se aninhar em braços fortes, que se fazem berços, assim como se aninham nas árvores mais altas os débeis passarinhos, nas palhas do seu ninho.