O deputado Fabian Diaz Plata, do partido Alianza Verde, apresentou um projeto ao Congresso da Colômbia para criar uma nova disciplina nas escolas do país. Ele quer ensinar aos alunos a proteger e a cuidar dos animais. A nova matéria, se o projeto for aprovado, será obrigatória, assim como a matemática e o espanhol.
De acordo com o deputado, os maus-tratos aos animais no país estão se tornando cada vez mais frequentes. O Ministério Público recebeu, em 2020, mais de 1.300 denúncias, uma média de 3,6 a cada dia, e 51 pessoas foram a julgamento por esse crime.
Ainda segundo o parlamentar, no ano de 2019, somente em Bogotá, capital do país, foram atendidos 4.273 casos de maus-tratos a animais. “Diante do grave problema do abuso de animais que afeta nosso país, é necessário que crianças e adolescentes recebam treinamento sobre bem-estar e proteção animal nas escolas”, explicou o deputado.
A cadeira de proteção e bem-estar animal que está propondo, na avaliação do deputado, vai aumentar a conscientização das crianças sobre a importância do cuidados com cães, gatos e outros pets. Ela será obrigatória, tanto nas escolas públicas como nas privadas,
Implantação em 6 meses
“Todos os dias, por meio das redes sociais e da mídia, ficamos sabendo de casos aberrantes de maus-tratos a animais”, assinala Fabian Diaz Plata. Para o deputado, é papel do Estado combater esse comportamento até que o problema seja erradicado.
A proposta do deputado já foi batizada de “Lei de Júpiter”. É uma referência a um leão que foi resgatado de um circo após anos de exploração e maus-tratos. O animal conseguiu a liberdade graças ao trabalho da ambientalista Ana Julita Torres, da cidade de Cali, quando ele ainda era bem novinho.
Ana Júlia cuidou de Júpiter por 18 anos. Mas em 2019 ele acabou sendo transferido, por determinação do Departamento Administrativo de Gestão Ambiental, para um zoológico em Córdoba. Em março do ano passado o animal morreu, após ser diagnosticado com sete doenças.
Todavia, se a proposta de Fabian Diaz for aprovada, ela prevê um prazo de seis meses para a sua implantação. O Ministério da Educação, em coordenação com o Ministério do Meio Ambiente, deverá criar as diretrizes curriculares para a adoção da nova disciplina em todas as escolas do país.
Com informações do jornal El Espectador
Leia também:
