Um novo teste criado por cientistas da Coréia do Sul, com a ajuda da Inteligência Artificial (IA), pode detectar o câncer de próstata com precisão de quase 100%, e num prazo de 20 minutos. O teste rápido e eficaz é feito com a urina do paciente.
O novo exame foi desenvolvido no Instituto de Ciência e Tecnologia da Coréia, em pesquisa liderada pelo cientista-chefe Kwan Hyi Lee. A equipe criou uma tira de teste de urina contendo um biossensor ultrassensível baseado em sinal elétrico e introduziu a análise de IA para quantificar os valores de quatro próstatas separadas por fatores de câncer.
A IA então usa um algoritmo para determinar se eles resultam ou não em câncer. Em 76 destes diferentes feitos pelos pesquisadores, a taxa de precisão dos resultados foi superior a 99%.
“Para pacientes que precisam de cirurgia ou tratamentos, o câncer será diagnosticado com alta precisão usando urina para minimizar biópsias e tratamentos desnecessários, o que pode reduzir drasticamente os custos médicos e a fadiga da equipe médica”, explicou o professor Gab Jeong, também integrante da equipe de pesquisadores.
Revolução nos testes
A descoberta desse novo teste usando uma tira de urina promete revolucionar o diagnóstico de câncer de próstata no mundo, uma vez que os métodos atuais são imprecisos, podem resultar em diagnóstico errado e, em alguns casos, exige que o paciente seja submetido a procedimentos invasivos, como biópsias, não raro desnecessários.
Um indicador de câncer de próstata é o PSA (Antígeno Específico da Próstata), que testa os níveis dessa proteína no sangue. Só que esse teste tem uma taxa de diagnóstico incorreto superior a 70%.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, até 2022, serão diagnosticados no Brasil, a cada ano, 65.840 novos casos de câncer de próstata. Um em cada 9 homens, de acordo com o instituto, será diagnosticado com câncer de próstata durante sua vida.
O câncer de próstata é a segunda principal causa de morte por câncer em homens, atrás do câncer de pulmão e ocorre principalmente em pessoas mais velhas, acima de 65 anos. Se detectado precocemente, o índice de cura é de 95%.
Ainda não há informações sobre quando os novos testes estarão disponíveis no mercado.
Com GNN
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