O primeiro lote com 2 milhões de doses da vacina de Oxford contra a Covid-19, fabricado na Índia, é esperado para o próximo sábado no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Com a chegada do imunizante, o Brasil poderá iniciar nos próximos dias a vacinação em massa.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já informou que vai decidir domingo se tanto a vacina de Oxford, quanto a Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, poderão ser usadas em território brasileiro em caráter emergencial.
Na terça-feira, dia 19, está marcado um evento oficial no Palácio do Planalto, com a presença dos governadores de Estado, data que poderá marcar o início oficial da vacinação no país. A ideia é vacinar, no evento, um idoso e um profissional de saúde, que fazem parte do grupo de risco.
A vacina de Oxford, desenvolvida em parceria com o laboratório sueco-britânico AstraZeneca, tem eficácia média de 70%, podendo chegar a 90% em alguns casos. Esse imunizante será fabricado no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O Ministério da Saúde já garantiu a compra de um lote com 100 milhões de doses dessa vacina, que deverão estar disponíveis ao longo do primeiro semestre. Essas doses serão suficientes para vacinar 50 milhões de brasileiros, uma vez que a vacina exige a aplicação de duas doses.
Lote com 10,8 milhões de doses
Tudo indica que no domingo a Anvisa vai também liberar o uso da vacina Coronavac, também chamada “vacina do Brasil”. Ela foi testada em cerca de 13 mil voluntários brasileiros e demonstrou eficácia de 50,4% – o mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é 50%.
Os infectologias asseguram, entretanto, tratar-se de uma boa vacina. É fácil de ser armazenada, o que é uma vantagem num país com as dimensões continentais do país, e também mais barata. E além da eficácia geral, ela demonstrou é 100% eficaz para evitar casos de morte pela Covid.
O Brasil é o segundo país do mundo em número de mortes pela Covid, que já matou mais de 206 mil pessoas – atrás apenas dos Estados Unidos, onde já morreram mais de 380 mil pessoas.
O Butantan já tem disponível um lote com 10,8 milhões de doses da Coronavac, que poderão ser incorporadas rapidamente ao Programa Nacional de Imunização (PNI) para serem enviadas aos Estados e municípios. Até o final de janeiro, o instituto deverá ter um total de 46 milhões de doses desse imunizante.
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