O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou durante audiência no Senado que o Brasil vai receber, até meados de janeiro, 24,7 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. Se houver autorização da Anvisa para uso emergencial de algum imunizante contra o novo coronavírus, há possibilidade de que a vacinação comece ainda no primeiro mês de 2021.
Com as primeiras 24,7 milhões de doses, o país poderá vacinar mais de 12 milhões de pessoas, uma vez que as vacinas exigem aplicação de duas doses. Pelo cronograma informado pelo ministro Pazuello, até março o Brasil vai receber 93,4 milhões de doses de vacinas.
Por enquanto, são três as vacinas contra a Covid que serão usadas no Plano Nacional de Imunização (PNI): a desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com o laboratório sueco-britânico AstraZeneca, a da Pfizer/BioNTech, e a Coronavac, essa última desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e que será fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan.
Em fevereiro o país vai receber 37 milhões de doses e mais 31 milhões em março, totalizando as 93,4 milhões de doses. Essa quantidade é suficiente para imunizar 46,7 milhões de brasileiros.
O Ministério da Saúde ainda não definiu a data exata do início da vacinação em massa no Brasil, pois aguarda posição da Anvisa, a quem cabe liberar o uso de qualquer imunizante em território brasileiro.
Previsões de vacinas para janeiro e fevereiro
VACINA (fabricante) | Janeiro | Fevereiro | Doses/pessoa |
Pfizer | 500 mil | 500 mil | 2 |
Butantan–Coronavac | 9 milhões | 22 milhões | 2 |
AstraZeneca/Oxford | 15 milhões | 15,2 milhões | 2 |
TOTAL | 24,7 milhões | 37,7 milhões | 2 |
Consórcio Covax
Para março, o Ministério da Saúde não detalhou as doses que serão entregues por laboratório. Como o país integra o consórcio Covax, iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) para assegurar vacinas para 165 países, o Brasil ainda poderá receber, no primeiro trimestre, mais um lote grande de vacinas. Pelo acordo, do Covax o país vai poder receber 42,5 milhões de doses.
O Instituto Butantan, maior produtor de vacinas da América Latina, já começou a envasar a Coronavac com insumos que recebeu da China. Em janeiro o instituto deverá começar a produzir a vacina, com capacidade de produção de 1 milhão de doses por dia. Portanto, a cada mês serão 30 milhões de doses.
A Coronavac foi testada em cerca de 13 mil voluntários brasileiros, num trabalho coordenado pelo Butantan. Os resultados da última fase, que vão apontar o grau de eficácia da vacina, serão anunciados nos próximos dias. Mas quem acompanha de perto o trabalho final das testagens assegura que o imunizante terá um percentual elevado de eficácia.
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O governo de São Paulo, que controla o Butantan, deverá receber, ainda em dezembro, 6 milhões de doses da Coronavac. Até o final de janeiro, terá produzido mais 40 milhões de doses. Com essa remessa, o governo paulista anuncia que vai começar a vacinar a sua população no dia 25 de janeiro.
Alguns estados e prefeituras estão negociando a compra do imunizante que será fabricado pelo Butantan. É o caso, por exemplo, de Belo Horizonte. O prefeito Alexandre Kalil (PSC) acertou com o governador João Dória (SP) a compra de vacinas suficientes para imunizar todos os profissionais de saúde da capital mineira.
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