Coragem é substantivo feminino

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Bolo de Limão, receita criada por Gisele Bicalho - Foto - Bisele Bicalho
Bolo de Limão, receita criada por Gisele Bicalho - Foto - Bisele Bicalho

Você também está sentindo a tal da “fadiga pandêmica”? Chegou naquele ponto que anda até tomando banho de máscara? Entrei no “modo” piloto automático. Eu já fiz isso. E não há creme que dê jeito nas mãos enrugadas e ressecadas de tanto álcool em gel.

Mas, não se avexe. Tá lembrada que coragem é substantivo feminino? Vamos em frente porque atrás vem gente. E quer saber? Vai passar. Repita comigo o meu mantra: tenha fé, use máscara, lave as mãos e evite aglomerações.

Por aqui, enquanto aguardo que o tal do “novo normal” dê sinal de vida, faço bolos. Muitos. Há quem não aguente mais. É bolo disso, bolo daquilo. Nos últimos dias ando testando receitas para o Natal. Humm!

Sugiro que você também se renda a essa magia. Garanto muita abstração. E diversão também. No mede, pesa, seleciona os ingredientes, mexe a massa, põe pra assar, sente o perfume, a gente vai levando. A parte boa é que depois tem um coral de muitos “huummmms” e “aiiiiissss”.

Acredite. A boloterapia é mesmo um santo remédio. Pra lhe apoiar nessa empreitada, meu lado fada madrinha acena com algumas dicas. Se seguir direitinho esse mapa do tesouro, não tem erro. O resultado vai ser um bolo bem fofinho, úmido, perfumado e delicioso.

Pra começar, use produtos de qualidade. Nunca se esqueça de conferir a validade. Quer um exemplo? Fermento vencido é um desastre. Bolo solado na certa.

Outra dica muito importante: use sempre ingredientes em temperatura ambiente. Nada congelado ou gelado demais. Sua massa vai desandar. Acredite.

Forno sempre pré-aquecido a 180 graus. Ligue cinco minutos antes de levar o bolo para assar.

Agora, se o seu bolo sempre sola, afunda no meio, gruda na forma, fica duro que nem pedra ou esfarela, não se desespere. Pra tudo há solução.

Bolo que sola é porque a massa foi pouca. Nunca, nunquinha mesmo, nada menos que a metade da forma. Agora, se o seu bolo sempre afunda no meio, o jeito é você segurar a ansiedade. Não abra a porta do forno antes da hora. Assim que ele perfumar a cozinha e ficar dourado, aí, sim. Esse é o momento de enfiar o palito. Se sair limpo. Viva. Ficou pronto.

Se o bolo grudou na forma, é porque você não untou direito. Passe manteiga ou margarina e polvilhe farinha por cima. Sacuda bem e depois jogue o excesso fora. Forma pronta pra ser usada. Os mais experientes usam desmoldantes. Mas aí já é coisa pra confeiteiro.

Agora, se ficou duro demais é porque você bateu a massa além da conta, ativando o glúten. A dica aqui é bater a massa na medida. Nem mais, nem menos. E se o bolo estrelou é porque você usou muito fermento. A medida é uma colher de sopa. Não achou a colher, use a tampinha da embalagem. É tiro e queda.

Para você começar, segue receita autoral: Bolo de limão by Gisele
Ingredientes:
3 ovos
2 colheres de manteiga ou margarina
1 1/2 xícara de açúcar
3 xícaras de farinha de trigo
1/2 xícara de suco de limão
1/2 xícara de leite
1 pitada de sal
1 colher de sopa de fermento em pó
Raspas de limão

Modo de fazer
Bata bem as gemas com o açúcar e a manteiga até virar um creme mais claro.

Junte ao creme a farinha de trigo peneirada, sempre alternando, primeiro com o suco, depois com o leite. Incorpore à massa o sal, as raspas de limao, o fermento e as claras. Mexa delicadamente. Leve para assar em forma untada e enfarinhada. Forno pré-aquecido.a 180 graus.

Assim que o bolo perfumar a cozinha, faça o teste do palito. Se o palito sair limpo, sinal que o bolo está pronto. Depois de assado, cubra com glacê feito com 2 xícaras de açúcar de confeiteiro e 2 colheres de suco de limão.

No meu glacê, só pra perfumar ainda mais e dar um toque cítrico extra, coloquei um pouquinho de água de flor de laranjeira. Fica a dica.

16 COMMENTS

  1. Vou entrar de vez em quando na brincadeirap proposta e fazer bolo para o café da tarde ou para o chá das 5 com a rainha, conforme o convite de Gisele. Será uma celebração, com certeza, mesmo em nosso núcleo famiiar tão pequeno. Arrumarei linda a mesa com forro branco de linho bordado, pratos coloridos, xícaras de porcelana que guardo do casamento há 44 anos e flores do jardim.
    E, quando for receber mamãe ou a vizinha da rua debaixo, amiga de quase trinta anos, aumentarei a oferenda com pão de queijo ou palito de polvilho fumegante na mesa.
    Que venham a coragem, o desejo, a alegia e o bolo inspirado em Gisele, amiga mais do que querida que nos propõe esse exercício, feito em meditação ativa, para adoçar esses tempos dificeis da pandemia. Obrigada, menina. Muito obrigada.

  2. Delícia, Gi! Sei bem o que a alegria de uma cozinha perfumada de comidinhas, família, “causos” e receitas! Com certeza farei este bolo para brindar a vida e sua amizade! O café do Sul de Minas não faltará!

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