Cinco empresas do interior de São Paulo já estão usando um tecido especial na fabricação de roupas que é capaz de matar o coronavírus em dois minutos. A tecnologia foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de São Carlos em parceria com a empresa Nanox.
De acordo com o professor Elson Longo, do Departamento de Química da universidade, e um dos responsáveis pela pesquisa, o composto que é aplicado ao tecido matou 99,9% do coronavírus, tem durabilidade de dois anos e suporta pressão e altas temperaturas.
“Com algumas tecnologias você pode reduzir o tempo de contaminação e a contaminação cruzada, uma vez que muita gente se contamina por tocar numa superfície e levar a mão aos olhos ou a boca”, explicou o professor Longo.
A tecnologia é invisível a olho nu e está presente em um tecido composto por nanopartículas mil vezes menores do que um grão de areia. Além da proteção contra o novo coronavírus, o invento tem também um custo bastante acessível. De acordo com os pesquisadores, o custo de produção do tecido especial para um normal é apenas 5% maior.
As empresas que estão trabalhando com a tecnologia são Ebraz, em Itu; Saltorelli Têxtil, em Americana; Textil PBS, em Nova Odessa; Delfim, em Sorocaba; e Marco Pólo Têxtil, em Guarulhos. A procura atual é voltada principalmente para a produção de jalecos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para profissionais da saúde.
Uma confecção de São Carlos também encomendou o tecido para a produção de máscaras, um acessório que será incorporado ao dia a dia do brasileiro e que deve durar ainda por um bom tempo.
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Recentemente, a empresa canadense de biotecnologia Intelligent Fabric Technologies North America (IFTNA) divulgou que teve sucesso no desenvolvimento de um produto químico capaz de eliminar o novo coronavírus de tecidos.
Chamado de PROTX2 AV (pronuncia-se pro-tex), o produto destruiu 99,9% dos vírus da Covid-19 em 10 minutos, com poder de destruição residual por 24 horas.
Com jornal da USP e Agência Fapesp